Quando se fala no uso de cloud computing nas instituições financeiras, elas estão em uma zona intermediária. Embora utilizem a nuvem em cerca de 58% das atividades, segundo informa a Accenture, quando se trata de sistemas críticos poucas já migraram ou planejam migrar integralmente.
No entanto, inovações como o open banking, pressões das fintechs e custos financeiros, adesão do consumidor ao digital tornam o cenário desafiador. Para lidar com isso, as características da cloud – como elasticidade, escalabilidade, segurança e eficiência – têm ganhado destaque.
Nesse contexto, os CEOs de instituições financeiras começam a acreditar que, se estivessem na cloud pública, teriam condições de enfrentar melhor alguns desses desafios. Isso gerou uma nova urgência de ida à nuvem. De acordo com previsão da McKinsey divulgada pelo Financial Times, isso fará com que de 40% a 90% dos sistemas dos bancos migrem nos próximos dez anos.
Com tais premissas em mente, neste artigo, vamos nos aprofundar sobre duas características únicas da cloud: a escalabilidade e a elasticidade, funcionalidades que garantem a flexibilidade de dimensionamento de sistemas. Além do nível do conceito, vamos estender nossa análise para uma compreensão de suas vantagens e, por fim, do motivo pelo qual esses benefícios são fundamentais para as instituições financeiras. Confira!
Elasticidade e escalabilidade: os conceitos
Dada a facilidade de escalabilidade da nuvem, você pode ampliar com alguns simples cliques os recursos computacionais utilizados em todas as direções, tanto em storage quanto em memória e processamento. A escalabilidade é possível também nos tradicionais data centers on-premise, claro. O ponto é que, além de ser mais lenta, ela não tem a característica da elasticidade da nuvem.
Quando falamos de escalabilidade atrelada à elasticidade, entendemos que, da mesma maneira que você pode ampliar, também pode reduzir os recursos computacionais utilizados – pense em picos sazonais de pagamentos, por exemplo -, adaptando-se à exata demanda em jogo.
E então, chegamos ao auto scaling, a capacidade de aumentar ou diminuir a quantidade de recursos, dimensionando-os sob demanda com muita velocidade, que os data centers tradicionais não têm. Ou melhor, eles até podem não ser utilizados, mas você pagará por esses recursos ociosos.
Isso nos leva às vantagens da escalabilidade e elasticidade da nuvem.
Vantagens da escalabilidade e elasticidade no cloud computing
- Capacidade computacional potencialmente ilimitada à disposição
- Pagamento de acordo com o uso
- Mais estabilidade e desempenho de serviços
- Equipe dedicada ao core business
- Segurança atrelada ao provedor nas camadas da computação que possui responsabilidade
- Redução de riscos tecnológicos
- Facilidade de integração entre as unidades de negócio
- Criação de bases de dados conectadas, viabilizando análises de dados mais profundas
- Facilidade de inovação e redução do time-to-market.
Por que a escalabilidade e a elasticidade são essenciais para o crescimento das instituições financeiras?
Saímos de 46% de operações em meios digitais em 2014 para 63% em 2019, segundo a Febraban. Mas não só isso: o número de transações bancárias cresceu, assim como o de usuários.
Quanto ao número de transações, o aumento foi vertiginoso: foram 89,9 bilhões de operações realizadas em 2019, enquanto em 2018 foram 81,1 bilhões.
Segundo o Banco Central, em 2020, vivemos um movimento inédito de bancarização, que incluiu quase 10 milhões de brasileiros no sistema financeiro em poucos meses, chegando a 175,4 milhões de usuários, que muito provavelmente manterão suas atividades. Sem contar que ainda temos 36 milhões de pessoas fora do sistema.
A demanda por crescimento online leva diretamente à necessidade de um investimento em nuvem. A disponibilidade e segurança dos serviços existentes, assim como a aceleração do desenvolvimento de produtos novos e de ida ao mercado, não é compatível com um modelo tradicional de computação que, apesar de funcionar, é caro, limitado e pouco automatizado.
Do on-premise para o cloud computing: voando alto
Benefícios atrelados a escalabilidade e elasticidade da nuvem não são apenas possíveis, mas inevitáveis para as instituições financeiras.
Se, antes, certa timidez com a terceirização aliada a preocupações com segurança e regulações as impedia, hoje resoluções como a nº 4.658 do Banco Central e a circular 3.909/2018 orientam esse processo.
Mas, ainda assim, é preciso saber selecionar o que pertence à nuvem e o que não pertence, assim como qual é a opção certa de nuvem e de provedor para seus objetivos. Por isso, contar com empresas como a RTM, que proporciona a expertise de profissionais de dentro do setor financeiro, acelerará o passo, a efetividade e a segurança dessa jornada para a nuvem. Conheça o RTM Cloud Services!