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APIs no setor financeiro: a próxima fronteira da transformação digital
PorRTM
Mulher aponta para símbolos de tecnologia e transformação digital.

A revolução digital que está em curso nas últimas décadas tem impactos em todos os segmentos da economia, incluindo, é claro, o mercado financeiro. Entre as novas ferramentas desenvolvidas no meio digital, o setor se beneficiou do uso de APIs — graças a elas, surgiram novas oportunidades de negócios a partir da oferta de melhores serviços aos clientes.

O tema é complexo e abrange questões que vão desde a segurança dos dados até o conceito de open banking. Por atenderem a milhões de clientes, as instituições financeiras não podem ficar para trás quando se trata de inovação. Mas afinal, como as APIs podem ajudar nesse processo de evolução dos serviços financeiros?

O que são APIs

O termo API é uma sigla para a expressão em inglês “application programming interface”, ou, em uma tradução literal, interfaces de programação de aplicações. Em outras palavras, as APIs são rotinas com padrões de programação que permitem o desenvolvimento de aplicações associadas a serviços digitais. É uma solução adotada por empresas que querem disponibilizar suas plataformas para serem usadas por serviços externos, sem intervenção dos usuários finais. O exemplo mais conhecido é a API do Google Maps, usada para a criação de serviços que agregam outros recursos à ferramenta de geolocalização. No setor financeiro, elas são usadas para interligar lojas online a sistemas de pagamentos de bancos, entre outras aplicações.

APIs e o setor financeiro

As APIs já são usadas há bastante tempo, por empresas de vários segmentos da economia. No mercado financeiro, elas têm características específicas que facilitam o acesso a informações e efetuam transações e pagamentos, de forma a facilitar a experiência dos clientes.

A segurança é um requisito essencial para qualquer serviço financeiro, e com as APIs não poderia ser diferente. Assim, elas recuperam apenas as informações necessárias, e só nos momentos em que serão utilizadas ou sincronizadas pelos serviços associados. São protocolos que coletam dados de sistemas legados a partir de requisições de outros sistemas, os processam e enviam de volta. As APIs financeiras são, portanto, aquelas que reúnem as seguintes características: acesso a dados financeiros, conexão entre múltiplas aplicações do segmento financeiro, sincronização de dados e utilização específica por instituições financeiras.

Utilizações mais frequentes

Cada vez mais instituições financeiras vêm oferecendo soluções baseadas em APIs para seus clientes. Entre os usos mais comuns está a disponibilização de serviços financeiros em plataformas de empresas não financeiras, como redes varejistas e operadoras de telefonia. Alguns sites de compra e venda de imóveis oferecem simuladores de financiamento integrados com bancos, e já existem instituições que entregam informações de saldo e extrato por meio de redes sociais.

Essas iniciativas são só o começo. Com a chegada para valer das fintechs ao mercado, a experiência do usuário ganhou força, e todas as instituições financeiras precisarão inovar para se manterem competitivas. Não existe transformação digital sem mudança cultural. Por isso, os bancos já estão se preparando para um futuro que exigirá bases tecnológicas seguras e preparadas para compartilhamentos de dados, interação e serviços personalizados, acessíveis por diferentes plataformas e dispositivos.

Assista a live Open Banking: principais mudanças no setor financeiro.

Vem aí o open banking

Open banking é um termo em inglês que significa “sistema financeiro aberto”. Este conceito já começou a ser implementado no Brasil, e até dezembro deste ano estará totalmente funcional. Com isso, na prática os clientes serão os “donos” de seus dados, e poderão autorizar o compartilhamento de informações de seu relacionamento entre diferentes instituições financeiras. Assim, uma fintech poderá se conectar à base de dados de um banco, por exemplo, para fazer uma avaliação de crédito com base no perfil de uma pessoa específica. Tudo isso vai acontecer em um ambiente seguro, sempre com a permissão do cliente e foco na autenticação da identidade do usuário.

A estrutura tecnológica que permitirá o funcionamento do open banking são as APIs. Elas permitirão o acesso aos sistemas legados de cada instituição, possibilitando a integração total das informações sem a necessidade de intervenção do usuário. A transformação digital proporcionada por essa novidade vai representar a passagem do mercado financeiro tradicional, de agências físicas e conversas pessoais, para um modelo mais moderno, centrado no cliente e em suas necessidades.

Segundo o Banco Central, entre as soluções que poderão ser desenvolvidas a partir do conceito de open banking estão os comparadores de serviços e tarifas, aplicativos de aconselhamento financeiro e planejamento familiar, iniciação de pagamentos em redes sociais e marketplace de crédito.

Olhar para o futuro

São muitas as possibilidades trazidas pelo uso das APIs, e ainda estamos apenas no começo. Com o tempo, novas soluções irão surgir, à medida que o acesso automatizado a informações de terceiros traga possibilidades realmente disruptivas. No futuro próximo, as APIs se tornarão a base de um sistema financeiro mais flexível, adequado às necessidades individuais de cada cliente e totalmente capaz de se antecipar e oferecer soluções inovadoras.

 

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