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Economia tokenizada: realidade, perspectivas e oportunidades para o mercado
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Foto de Adriane Rêgo, uma mulher branca, de cabelos lisos e castanhos de tamanho médio, com uma blusa preta de listas brancas. A imagem ilustra seu artigo sobre tokenização da economia.

A economia tokenizada está transformando a forma como ativos são negociados e geridos no Brasil, oferecendo novas oportunidades de investimento e financiamento. Segundo pesquisa da YouGov a pedido da Consensys, um em cada cinco investe em criptomoedas.

Com um ambiente regulatório a evoluir e a crescente adoção da tecnologia, a tokenização de ativos promete ser uma força motriz significativa na economia nos próximos anos. 

Para entender melhor sobre o assunto, preparamos um conteúdo sobre esse panorama, com a visão de Adriane dos Santos Rego, especialista da RTM, sobre o tema. Boa leitura!

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O crescimento da economia tokenizada no Brasil 

A economia tokenizada nada mais é do que o processo de digitalização de ativos físicos ou digitais em tokens na blockchain. Esses tokens representam uma unidade de valor e são negociáveis em plataformas digitais. 

A tokenização de ativos, então, permite a fragmentação em partes menores, ou seja, facilita a propriedade fracionada e aumenta a liquidez. Ativos como imóveis, obras de arte, commodities e até ações podem ser convertidos em tokens digitais. É uma forma de tornar isso acessível a um público mais amplo.

No Brasil, tem se mostrado uma prática em crescimento. De acordo com um estudo feito pela Visa, transações com essa tecnologia cresceram 200% na comparação entre junho de 2022 e junho de 2023. 

Os dados mostram um crescimento ainda mais impressionante ao analisar o primeiro semestre de 2023 (janeiro a junho), pois houve um aumento quase quatro vezes maior em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

Juntamente a esse movimento nacional, a tendência mercadológica é a mesma: o tamanho global da tokenização foi de US$ 3.528,6 milhões em 2023 e avançará a um CAGR de 20,0% durante 2024-2030, para atingir US$ 12.605,4 milhões até 2030, segundo P&S Market Research.

“A economia tokenizada está crescendo no Brasil, refletindo uma tendência global de adoção de tecnologias de blockchain e ativos digitais. A atuação das Entidades reguladoras como Banco Central e CVM, em projetos de grande importância como DREX (Real Digital), abrem cada vez mais espaço para o desenvolvimento de tokenização para vários outros ativos financeiros”, afirma Adriane.

Ela também fala da popularização de empresas que atuam como Exchanges de criptomoedas, outro fator muito importante para o desenvolvimento dessa tecnologia.

“O potencial é significativo e seu futuro dependerá da capacidade de enfrentar os desafios e de continuar a promover a inovação e a confiança no sistema financeiro digital”, complementa.

Oportunidades da tokenização da economia para o mercado financeiro

A tokenização permite que uma gama mais ampla de investidores participe do mercado financeiro. Mesmo pequenos investidores podem comprar frações de ativos que antes eram inacessíveis devido ao alto custo de entrada.

Tokens também podem ser negociados em plataformas de blockchain 24/7, proporcionando liquidez contínua. Isso é particularmente benéfico para ativos tradicionalmente ilíquidos, como imóveis e obras de arte.

E, como essa tecnologia oferece um registro imutável de todas as transações, ela também aumenta a transparência, sem deixar de levar em conta o gerenciamento de riscos. Isso melhora a confiança dos investidores no sistema.

Não se pode deixar de falar do Drex. Ele cria uma infraestrutura digital robusta que pode facilitar a tokenização de ativos. Essa plataforma baseada em CBDC proporciona uma base segura e confiável para a criação, troca e liquidação de tokens.

“Além do projeto Drex, as instituições financeiras têm aumentado seus investimentos na tecnologia de Blockchain para oferta de títulos que podem ser comprados e ofertados por Fundos de investimentos, tais como os próprios ativos financeiros ou ativos reais como imóveis e que podem contribuir para ampliar a gama de ofertas nesse segmento.”

Fundos de investimento, mais especificamente, podem acessar e incluir em seus portfólios uma variedade maior de ativos, incluindo aqueles tradicionalmente ilíquidos. 

Vale dizer também que a tokenização pode simplificar a administração de fundos, facilitando a emissão e resgate de cotas, bem como o gerenciamento de ativos.

Desafios da economia tokenizada para instituições financeiras

Na visão de Adriane, existem questões regulatórias ainda em discussões que podem gerar alguma incerteza no mercado do ponto de vista de negócios.  

As leis e regulamentos que regem a tokenização de ativos ainda estão em desenvolvimento em muitos países, incluindo o Brasil. Atualmente, existe apenas a Lei nº 14.478 (Marco Regulatório das Criptomoedas), em vigor em 2023, que estabelece regras para a prestação de serviços de ativos digitais.

Segurança e conformidade também andam juntas. Sem modelos legais claros para garanti-los, isso também pode se tornar um problema para o mercado e as instituições financeiras.

À medida que o volume de transações tokenizadas cresce, a capacidade das redes para processá-las rápida e eficientemente torna-se essencial. 

Tecnologias blockchain, especialmente as populares como Bitcoin e Ethereum, enfrentam desafios relacionados à escalabilidade e velocidade de processamento. 

Redes de registros distribuídos têm limitações quanto ao número de transações que podem processar por segundo, resultando em possíveis congestionamentos e atrasos.

“Soluções que possam proporcionar segurança, especialização, transparência, confiança podem mitigar o grau de incertezas que ainda possam existir”, explica a especialista da RTM.

Como a tecnologia pode contribuir para solucionar os desafios?

A única saída para enfrentar os desafios da economia tokenizada, de fato, é encontrar soluções que ajudem a aumentar a segurança e a performance

A RTM tem uma opção especializada no mercado financeiro para isso: Blockchain as a Service

Ele oferece ao mercado uma plataforma de blockchain back-end que permite aos usuários realizar operações com ativos tokenizados em um ambiente neutro, seguro e com recursos de governança. 

Desenvolvida em parceria com a BBChain, a solução possibilita que diferentes players do mercado, independentemente do porte, acessem a tokenização a um custo viável.

Instituições financeiras de portes variados podem aproveitar esse contexto da tokenização com escala, automação e segurança. Conheça mais sobre a solução

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