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Due Diligence: o que é, como funciona e quais os objetivos?
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Uma lupa de aumento em um computador. No lado esquerdo está escrito: Due Diligence: o que é, como funciona e quais os objetivos?

No mundo financeiro, onde grandes decisões de investimento são tomadas, um processo meticuloso e essencial muitas vezes passa despercebido pelo público em geral: o Due Diligence, ou diligência prévia. 

Para fundos de investimento, essa prática é uma peça fundamental na tomada de decisões estratégicas.

É ela quem garante a autenticidade das informações apresentadas e a mitigação de riscos e a segurança dos investidores.

Dito isso, nesse texto, vamos explorar melhor os objetivos desse conceito até as etapas do processo para melhor relacionar com as demandas e expectativas das instituições financeiras.

Boa leitura!

Mas antes de começar, que tal entender mais sobre quais fatores o mercado deve ficar de olho nos próximos anos?

O que é e quais são os objetivos de due diligence?

O Due Diligence é como um pilar inabalável nas decisões de investimento. 

Estamos falando de um processo minucioso de investigação e análise conduzido por empresas ou investidores antes de mergulharem em transações comerciais ou financeiras de grande relevância. 

Seus propósitos, portanto, são múltiplos:

  • Garantir a integridade e autenticidade das informações fornecidas;
  • Assegurar que a imagem apresentada seja fiel à realidade;
  • Compreender os possíveis riscos, oportunidades e obstáculos que possam influenciar.

Um adendo aqui é que o Due Diligence ganha destaque para fusões e aquisições, que visa avaliar a viabilidade e os riscos de integração de empresas e, a avaliação de compliance, que busca garantir a conformidade com normas regulatórias e legais.

Quais são as diferenças entre due diligence, background check e auditoria?

Embora possam parecer termos similares à primeira vista, o due diligence, o background check e a auditoria são processos bem distintos.

Como já se sabe o que é due diligence, podemos ser breves: envolve o processo de investigação minuciosa conduzido antes de uma transação comercial ou financeira significativa. 

Por outro lado, o “background check”, ou checagem de histórico, concentra-se na verificação dos antecedentes e históricos das partes envolvidas na transação, como proprietários, gestores e executivos. 

É uma maneira de garantir a idoneidade e a reputação das pessoas-chave relacionadas ao negócio, investigando aspectos como histórico criminal, histórico profissional, eventuais litígios e outras informações relevantes. 

Já a auditoria é um procedimento ainda mais amplo e sistemático, que se concentra na avaliação dos registros contábeis e financeiros de uma empresa. 

Geralmente é realizada de forma regular e rotineira e tem como objetivo verificar a precisão, integridade e conformidade dos registros contábeis.

Isso garante a transparência e a conformidade com as normas contábeis e regulamentações aplicáveis. 

No final das contas, Due Diligence tem forte relação com o compliance. Aproveite para entender a relação deles no mercado financeiro!

Como funciona o processo de due diligence? 

O processo de due diligence geralmente segue algumas etapas fundamentais:

  1. Planejamento: qualquer processo começa com a definição clara dos objetivos da investigação, estabelecimento do escopo do trabalho e elaboração de um cronograma detalhado. Os gestores do fundo de investimento devem determinar quais aspectos da empresa ou ativo serão examinados, quais documentos e dados serão necessários e qual será a abordagem metodológica adotada;
  2. Coleta de informações: aqui, a equipe de due diligence reúne uma ampla gama de documentos, registros e dados relevantes sobre a empresa ou ativo em questão. Isso pode incluir demonstrações financeiras, contratos, relatórios de auditoria, registros de propriedade, histórico de transações, entre outros. A equipe deve ser diligente na obtenção de informações precisas e completas, buscando fontes confiáveis e verificando a autenticidade dos documentos apresentados;
  3. Análise e avaliação: com os dados coletados em mãos, a equipe de due diligence realiza uma análise detalhada para identificar riscos, oportunidades e áreas de preocupação. Isso envolve a avaliação dos aspectos financeiros, operacionais, jurídicos, regulatórios e estratégicos da empresa ou ativo. A equipe deve utilizar ferramentas analíticas e modelos de avaliação apropriados para examinar as informações e fazer projeções sobre o desempenho futuro;
  4. Relatório e recomendações: a análise realizada vai orientar um relatório detalhado que documenta os resultados da investigação. Ele deve destacar os principais achados, incluindo os riscos identificados, as oportunidades potenciais, as áreas de preocupação e as recomendações para a tomada de decisão. Isso vai subsidiar os gestores do fundo de investimento na avaliação da viabilidade e atratividade da transação.

Por que o due diligence é importante para fundos de investimento? 

Mitigação de riscos, segurança dos investidores e avaliação da qualidade do investimento. Esses são três motivos que fazem com que o due diligence seja importante para os fundos de investimento.

Mitigação de riscos

Em um ambiente de investimento, os riscos estão sempre presentes e podem impactar significativamente os retornos financeiros.

O due diligence desempenha vai atuar na identificação e mitigação desses riscos, como forma de permitir que os gestores de fundos avaliem com precisão os potenciais perigos envolvidos em uma transação. 

Analisar minuciosamente os aspectos financeiros, operacionais, jurídicos e regulatórios de uma empresa ou ativo é a principal prática para identificar potenciais ameaças e vulnerabilidades.

Segurança dos investidores

A segurança dos investidores é uma prioridade absoluta para os fundos de investimento, certo?

E o due diligence desempenha um papel fundamental nesse aspecto. 

Como a diligência prévia acontece antes de realizar uma transação, os gestores de fundos conseguem garantir que os interesses dos investidores sejam protegidos — e, ainda, que suas decisões de investimento sejam precisas e confiáveis. 

É o “segredo” para se ter confiança dos investidores na gestão do fundo e atrair mais capital para futuros investimentos.

Avaliação da qualidade do investimento

Além de mitigar riscos e proteger os interesses dos investidores, o due diligence também representa uma avaliação da qualidade do investimento. 

Isso acontece porque nela se analisa detalhadamente os aspectos financeiros, operacionais e estratégicos de uma empresa ou ativo. E assim, os gestores de fundos podem avaliar sua viabilidade e potencial de retorno. 

Oportunidades de crescimento, a avaliação da concorrência, a análise da gestão e a avaliação da compatibilidade com os objetivos são bons exemplos. 

Gestores, então, conseguem selecionar os investimentos mais promissores para sua carteira e aumentar as chances de sucesso a longo prazo!

Recentemente, a RTM lançou a funcionalidade de Due Diligence na solução Hub Fundos para facilitar e automatizar o processo feito por gestores e distribuidores. A ferramenta é fruto de uma parceria com a iaas!, startup de soluções para gestores de investimentos.

Assim como a diligência prévia é ferramenta indispensável para os fundos de investimento, a tecnologia e inovação na gestão de fundos também. Entenda, então, o papel da IA, Machine Learning, Big Data e outras tecnologias nesse nicho!

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