O momento de alta conectividade também vem sendo marcado pelo aumento do vazamento de dados. Nesse contexto, as instituições financeiras são um dos principais alvos e, por isso também, um dos principais prejudicados.
De acordo com o IBM Cost of a Data Breach Report 2023, o custo médio global de uma violação de dados em 2023 foi de US$ 4,45 milhões.
E considerando o setor financeiro, essas empresas perdem ainda mais: cerca 5,9 milhões de dólares por violação de dados, o que significa 28% acima da média global.
Assim, qualquer negócio que atua no mercado financeiro não tem outra opção a não ser repensar suas estratégias de como evitar o vazamento de dados.
Atualizar continuamente os recursos físicos e tecnológicos é essencial para que as organizações permaneçam vigilantes e seguras frente às ameaças.
Para entender mais sobre o tema e como evitar o vazamento de dados, preparamos um conteúdo focado nesse assunto. Tenha uma boa leitura!
Como acontecem os vazamentos de dados?
Os vazamentos de dados no contexto do mercado financeiro podem ocorrer de várias maneiras, resultando em uma ameaça significativa para a segurança das informações sensíveis.
Algumas delas são:
- Por erro humano: muitos vazamentos ocorrem devido a erros cometidos por funcionários ou colaboradores internos. Isso pode incluir o envio de informações confidenciais para destinatários incorretos, o compartilhamento inadvertido de senhas ou a perda de dispositivos de armazenamento físico contendo dados sensíveis;
- Por negligência: a falta de atualização de sistemas de segurança ou a não implementação de práticas de segurança adequadas podem permitir o acesso não autorizado a informações financeiras;
- Uso de ferramentas de IA: com o avanço da inteligência artificial generativa, os criminosos podem ter acesso a informações confidenciais de funcionários que foram usadas em conversas com plataformas e, então, são incorporadas pela ferramenta, podendo ser repassadas;
- Ransomware: os ataques de ransomware podem bloquear o acesso aos sistemas financeiros e, em seguida, exigir resgates para desbloquear os dados, ameaçando a sua divulgação caso o resgate não seja pago;
- Ataques de phishing: os hackers podem se passar por entidades financeiras legítimas e solicitar informações confidenciais dos clientes, que são então usadas para fins ilícitos;
- Exploração de vulnerabilidades: vulnerabilidades em sistemas financeiros ou em provedores de serviços em nuvem podem ser exploradas por invasores para obter acesso não autorizado aos dados;
- Fornecedores de serviços em nuvem: empresas financeiras frequentemente utilizam serviços de armazenamento em nuvem de terceiros. Se esses provedores e seus clientes não implementarem medidas de segurança robustas, os dados dos clientes podem ser comprometidos.
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Quais são os impactos do vazamento de dados no mercado financeiro?
Os vazamentos de dados no mercado financeiro podem ter impactos significativos e multifacetados nas instituições financeiras.
Eles vão muito além das questões técnicas: afetam diretamente a reputação, a confiança dos clientes e a saúde financeira da organização.
A seguir, conheça alguns dos principais problemas que os vazamentos de dados geram para essas instituições.
Perda de confiança dos clientes
Quando ocorre um vazamento de dados, os clientes, naturalmente, perdem a confiança na instituição financeira.
Eles esperam que seus dados pessoais e financeiros sejam mantidos em sigilo e protegidos de forma adequada.
Um vazamento mina essa confiança e pode fazer com que os clientes considerem mudar para concorrentes mais seguros.
Danos à reputação
A reputação de uma instituição financeira é um ativo valioso. Por isso, vazamentos de dados frequentes ou significativos podem manchar a imagem da empresa, tornando-a menos atraente para novos clientes e investidores.
Ou seja, ela não só pode gerar a perda de clientes atuais como eliminar qualquer cliente futuro. A percepção de segurança é fundamental no setor financeiro. E somente com ela é possível ampliar o mercado.
Sanções legais e regulatórias
Muitas jurisdições impõem regulamentações rigorosas para a proteção de dados financeiros. No Brasil, a LGPD tem total regimento sobre isso.
Quando ocorrem vazamentos de dados, as instituições financeiras podem estar sujeitas a multas substanciais e penalidades legais. O valor é limitado a 2% do faturamento bruto da empresa, podendo ser no máximo R$50 milhões. Mas o custo real sempre vai muito além.
Perdas financeiras diretas
Além das multas e custos legais que a lei exige serem pagas, os vazamentos de dados podem resultar em perdas financeiras diretas.
Isso inclui diversos pontos: compensações aos clientes afetados, custos de investigação forense, custos de notificação e monitoramento de crédito.
Os investidores podem reagir negativamente a notícias de violações de dados, levando a quedas no valor das ações e perdas para a empresa — e seus acionistas.
Exposição a ataques posteriores
Uma vez que os dados são comprometidos, os criminosos podem usá-los para conduzir ataques adicionais, como fraude financeira, phishing direcionado a clientes ou funcionários e roubo de identidade.
Isso pode levar a mais prejuízos financeiros e danos à reputação. Por isso, é um problema que pode desencadear vários outros, principalmente se não for devidamente corrigido.
Como identificar o vazamento de dados em instituições financeiras?
Não existe uma forma única para detectar vazamentos de dados. Na verdade, várias técnicas e práticas podem ser implementadas para identificar essas violações de segurança de maneira eficaz.
Um dos pilares fundamentais para identificar vazamentos de dados é o monitoramento contínuo dos sistemas e redes da instituição.
Isso inclui a observação constante de logs de segurança, tráfego de rede e comportamento do usuário.
Ferramentas de análise de segurança, como sistemas de detecção de intrusões (IDS) e sistemas de prevenção de intrusões (IPS), podem ser utilizadas para rastrear atividades suspeitas.
A detecção de vazamentos muitas vezes envolve também a identificação de anomalias nos padrões de tráfego de dados.
Isso pode incluir picos de atividade fora do horário comercial, tentativas de acesso não autorizado a sistemas críticos e transferências de dados incomuns.
É importante rastrear e monitorar de perto as atividades de usuários com acesso privilegiado, como administradores de sistemas e funcionários de alto nível.
Mudanças não autorizadas em configurações de segurança ou acesso a informações sensíveis podem ser sinais de alerta.
Utilizar análise comportamental do usuário (UBA) pode ajudar também a identificar atividades suspeitas com base no comportamento histórico dos usuários.
Por exemplo, se um funcionário que normalmente acessa apenas determinados sistemas começar a acessar informações sensíveis sem motivo aparente, isso pode ser um indicativo de vazamento de dados.
O que fazer quando acontece um vazamento de dados?
Somente a injeção de recursos não é suficiente para tornar uma organização madura em relação à guerra cibernética que se vive. É preciso ter um planejamento amplo.
A instituição deve ter um plano de resposta a incidentes previamente elaborado. Este plano deve ser ativado imediatamente para coordenar as ações necessárias e assegurar que todas as partes envolvidas saibam o que fazer.
E a primeira prioridade, de fato, é isolar a brecha de segurança para impedir que o vazamento continue.
Isso pode envolver a desativação temporária de sistemas afetados, a alteração de senhas comprometidas e a aplicação de correções de segurança.
Segundo esse levantamento da Deloitte, três características comuns às companhias que estão à frente em aspectos de segurança são:
- A garantia do envolvimento da liderança sênior, dos principais executivos e do conselho;
- A expansão do conceito de cibersegurança para além do departamento de tecnologia da informação;
- O alinhamento dos esforços de segurança cibernética com a estratégia de negócios da empresa.
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Quais medidas adotar para evitar o vazamento de dados?
Afinal, como evitar vazamentos de dados?
É interessante abordar certas medidas específicas para diminuir as chances de isso acontecer. Elas vão desde autenticação em dois fatores e gestão de acessos até análise de vulnerabilidades e backup das informações.
A seguir, entenda como cada uma delas ajuda a aumentar a segurança e evitar o vazamento de dados.
Defina a política interna de segurança
Uma política interna de segurança bem definida é a base de qualquer estratégia de proteção de dados. É ela que pode criar espaço para a elaboração do modelo Zero Trust.
É essencial estabelecer diretrizes claras para o uso de inteligência artificial generativa pública, destacando os riscos associados a vazamentos não intencionais de dados.
Os funcionários devem ser informados sobre a proibição ou restrição do uso de tais tecnologias para evitar comprometimento de informações sensíveis.
O treinamento regular em segurança cibernética para funcionários também deve fazer parte da política interna. É ele que vai conscientizar as pessoas sobre práticas seguras, como identificação de phishing e manuseio de dados confidenciais.
Elabore um plano de resposta
Quando algo acontecer, a empresa precisa estar pronta. Portanto, saber como evitar vazamentos de dados passa por um plano de resposta.
Determine claramente quem é responsável pelo que durante um incidente de segurança. Isso inclui membros da equipe de segurança, pessoal de comunicação e gerenciamento executivo.
Estabeleça procedimentos de comunicação para notificar rapidamente as partes interessadas internas e externas, incluindo clientes, reguladores e agências de aplicação da lei.
O plano de resposta a incidentes deve ser testado regularmente e atualizado conforme necessário para garantir que ele permaneça eficaz.
Faça a gestão de acessos
Limitar quem tem permissão para acessar dados sensíveis pode ser uma saída. Isso deve ser baseado na necessidade de acesso para as próprias funções do trabalho.
Ou seja, crie um controle de privacidade e implemente um sistema que permita aos usuários acessar apenas as informações necessárias para realizar suas tarefas.
Gestores devem revisar e atualizar regularmente as permissões de acesso. Além disso, monitorar e registrar as atividades de acesso ajuda a detectar atividades suspeitas ou não autorizadas.
As empresas também devem exigir senhas robustas e a mudança regular de senhas. Implementar autenticação em dois fatores (2FA) sempre que possível para garantir que mesmo se as senhas forem comprometidas, o acesso seja limitado.
Use criptografia de dados
No mercado financeiro, informações pessoais e financeiras dos clientes, como números de contas bancárias, senhas, números de cartões de crédito e transações, são altamente sensíveis.
A segurança delas, então, depende de várias camadas. Com a criptografia de armazenamento, é possível armazenar dados em formato criptografado, tanto em sistemas internos quanto na nuvem.
E funciona mesmo se um invasor obtiver acesso aos sistemas da instituição financeira.
Já a criptografia de comunicação permite usar protocolos criptografados, como SSL/TLS, para proteger a comunicação entre sistemas e dispositivos.
Adote soluções especializadas
Existem várias soluções especializadas para quem quer aprender como evitar vazamentos de dados. A prática de realizar backups regulares de todos os dados importantes e manter cópias em locais seguros e isolados é uma das principais.
Isso permite a recuperação de dados em caso de perda ou corrupção — o que é altamente possível em se tratando de vazamento.
No caso de usar serviços de nuvem, é imprescindível buscar provedores confiáveis e implementar medidas de segurança, como as que já falamos, como criptografia de dados e autenticação multifator.
Ferramentas de gestão de vulnerabilidades para identificar e corrigir brechas de segurança em tempo hábil também são essenciais.
Como as soluções da RTM ajudam a aumentar a segurança dos dados de instituições financeiras?
As soluções oferecidas pela RTM desempenham um papel fundamental no aumento da segurança dos dados de instituições financeiras, pois fornecem uma gama abrangente de tecnologias que ajudam a mitigar riscos e fortalecer a proteção das informações sensíveis.
Mas de que maneira?
Nossos sistemas conseguem, por exemplo, fazer varreduras detalhadas e identificam vulnerabilidades em servidores, estações de trabalho, equipamentos de rede, sites e outros ativos críticos de TI.
Essas vulnerabilidades podem ser portas de entrada para hackers criminosos. Ao identificá-las, a RTM ajuda as instituições financeiras a tomar medidas proativas para corrigi-las, reduzindo assim o risco de exploração por invasores.
A RTM também fornece relatórios detalhados, tanto técnicos quanto executivos, que destacam as vulnerabilidades identificadas. Isso inclui uma matriz de priorização que ajuda as instituições a focar na correção das vulnerabilidades mais críticas.
Esses relatórios oferecem uma visão abrangente do estado da segurança da organização, permitindo que as equipes tomem decisões informadas sobre como melhorar sua postura de segurança.
Para meios de pagamento, ainda, existem os certificados digitais e criptografia por meio de Hardware Security Modules (HSM).
Isso garante que as transações financeiras sejam seguras e protegidas contra ameaças cibernéticas, mantendo a confidencialidade e a integridade das informações financeiras dos clientes.
Os testes de intrusão e simulações de ataques também são umas das soluções. Eles são capazes de replicar cenários realistas de invasões.
Isso ajuda as instituições financeiras a entender como sua infraestrutura se comporta diante de ameaças e ataques cibernéticos.
Todas essas medidas são essenciais para proteger os ativos financeiros e a confiança dos clientes no mercado financeiro.
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