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Pix via Open Finance? Como as instituições devem se preparar
PorRTM
Notebook aberto em cima de uma escrivaninha de madeira com objetos de escritório. Na tela, uma notícia sobre o Pix via Open Finance.

O Pix, lançado pelo Banco Central do Brasil em novembro de 2020, revolucionou os pagamentos no país ao permitir transferências instantâneas, gratuitas e disponíveis 24 horas por dia. 

Desde então, o sistema de pagamentos evoluiu para atender às necessidades dos usuários e aumentar a segurança das transações. E um dos elementos importantes nesse processo é o Pix via Open Finance, uma integração importante para a entrada para novas funcionalidades.

Mas quais são elas?

Nesse texto, vamos entender as novas modalidades de Pix, junto com o Open Finance, mas também além dele — e o que isso significa na prática. Para entender melhor este cenário, conversamos com o Marlos Rangel Abbati, product manager da RTM!

Que tal dar uma olhada no panorama do mercado financeiro e perspectivas para o futuro do setor de pagamentos?

Banner do infográfico sobre o Pix e as perspectivas para o futuro do setor de pagamentos.

A integração do Pix via Open Finance e a transformação dos pagamentos no Brasil 

São 71,5 milhões de novos usuários incluídos no Pix, segundo dados da Digital Assets Conference Brazil 2024. Em uma visão maior, estamos falando de 153,1 milhões de pessoas com acesso ao Pix e, ainda, 15 milhões de empresas usando essa tecnologia.

Quanto ao Open Finance, o Brasil está entre os ecossistemas desse sistema mais avançados globalmente: conta com uma maturidade de 77%.

Esse dado foi revelado pelo Índice de Maturidade de Open Finance Brasil 2024, que também viu um crescimento significativo na adoção do modelo, no qual 65% das empresas entrevistadas já possuem atividades relacionadas ao Open Finance. 

Somado a isso, de acordo também com Digital Assets Conference Brazil 2024, são R$ 8 milhões de economia por meio de linha de crédito mais barata ou saldo disponível em outra instituição — benefício que o Open Finance viabiliza.

Diante da força dos dois movimentos, o Banco Central do Brasil (BCB) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) publicaram, em julho de 2024, um conjunto de regras cujo objetivo é aprimorar a regulamentação do Open Finance. 

O ecossistema simplificará a jornada de pagamento do cliente ao diminuir etapas nos pagamentos on-line e, por exemplo, viabilizar o Pix por aproximação. 

“O Open Finance já é uma realidade, e, daqui para a frente, só teremos a expansão dele. Esse novo conjunto de medidas vai contribuir para acelerar esse processo”, afirmou o Diretor de Regulação do BCB, Otávio Damaso. Entenda as novidades: 

Pix internacional

Ainda sem data definida para entrar em operação, o Pix Internacional é uma das modalidades aguardadas na agenda de internacionalização de pagamentos.

A implementação dessa nova ferramenta foi facilitada pela nova lei cambial, que entrou em vigor no início de 2023.

O Banco Central acompanha as iniciativas e discussões sobre a interconexão de sistemas de pagamento de diferentes países, o que, no futuro, permitirá transações internacionais de maneira mais rápida e prática.

Pix por aproximação 

De acordo com o Banco Central, o Pix por aproximação busca aprimorar a experiência do cliente na jornada de pagamento, trazendo mais praticidade tanto para compras online quanto presenciais. A previsão do início dos testes é em fevereiro de 2025.

O cliente poderá selecionar sua instituição financeira, cadastrar sua conta na carteira digital de sua escolha e salvá-la para realizar pagamentos presenciais por aproximação, de forma similar ao uso de cartões.

Além disso, em compras online, o cliente não precisará mais sair do ambiente de e-commerce para efetuar o pagamento, tornando o processo ainda mais ágil e conveniente. Isso é justamente a jornada sem redirecionamento (JSR), mecanismo que viabiliza essa novidade no Pix via Open Finance.

Pix inteligente 

O Pix Inteligente é uma funcionalidade em desenvolvimento que permitirá aos usuários programar transferências automáticas com base em gatilhos predefinidos. 

Por exemplo, um cliente poderá configurar para que, ao entrar no cheque especial, um valor específico seja transferido automaticamente de outra conta para cobrir o saldo negativo. 

Essa automação visa facilitar a gestão financeira, reduzindo a necessidade de intervenções manuais em situações recorrentes ou específicas. 

Pix automático 

Assim como o Pix Inteligente, o Pix Automático facilitará cobranças recorrentes  — modalidade onde o usuário faz pagamentos periódicos para acessar um produto ou serviço — e trará maior eficiência aos processos de cobrança contínua.

De acordo com a Resolução BCB Nº 402, divulgada no site do Banco Central, o lançamento do Pix Automático já tem data: junho de 2025. 

Empresas de diferentes tamanhos e setores poderão adotar essa modalidade para receber pagamentos de forma prática e automática, como, por exemplo, no caso de faturas de luz, água e telefone.

MED 2.0 

O Mecanismo Especial de Devolução (MED) é uma ferramenta exclusiva do Pix, criada para facilitar a devolução de valores em casos de fraude, aumentando as chances de a vítima recuperar seu dinheiro. 

Em caso de fraude, golpe ou crime, é necessário registrar o pedido de devolução na instituição em até 80 dias após a realização do Pix.

O desenvolvimento do projeto MED 2.0, ainda sem data e por recomendação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), será um caminho para melhorar ainda mais essa solução.

A principal mudança proposta é no bloqueio de valores transferidos indevidamente, podendo acontecer nas demais camadas de triangulação do dinheiro.

Você sabe quais são as principais tecnologias e tendências para os meios de pagamentos? Aproveite para se atualizar!

Mulher branca de óculos sorri enquanto mexe no celular.

Os benefícios que essas inovações no Pix oferecem para meios de pagamentos 

As inovações no Pix representam uma série de benefícios para os meios de pagamento e isso impacta positivamente tanto o usuário final quanto os estabelecimentos comerciais, além de adquirentes e subadquirentes

“O consumidor final agora tem novas alternativas para efetuar pagamentos”, reforça Marlos Abbati.  Nisso, ele ganha em agilidade e conveniência, pois passa a ter mais praticidade e controle nas transações, além de economia em taxas e acesso instantâneo aos recursos.

Para o estabelecimento comercial, Marlos também explica que o Pix representa uma vantagem significativa, pois se paga uma taxa bem menor em relação aos custos tradicionais. 

Ao escolher o Pix, o estabelecimento passa a ter uma opção mais competitiva em termos de custo, especialmente em comparação com transações por cartão.

“Com o modelo do Pix, a estrutura de taxas é simplificada: no lugar dos diversos percentuais divididos entre os participantes do pagamento, o Pix elimina essa cadeia. Dessa forma, o dono da maquininha pode cobrar diretamente do estabelecimento uma taxa menor — por exemplo, em vez dos tradicionais 3% de uma transação com bandeira, ele poderia cobrar apenas 1% com o Pix”, explica o especialista.

Os adquirentes, responsáveis sistemas que processam os pagamentos, ganham maior competitividade ao oferecerem uma taxa reduzida para o Pix em relação às taxas cobradas nas transações com cartões de crédito também.

Da mesma forma, os subadquirentes, que fazem a intermediação entre os comerciantes e os adquirentes, conseguem ampliar o alcance de suas soluções com menos complexidade na cadeia de taxas e maior rapidez nas transações. 

Como as instituições de pagamentos podem se adaptar às novidades no Pix?

“As maquininhas de cartão foram originalmente criadas para operar no modelo de quatro partes das bandeiras. No entanto, ao integrar o Pix, é necessária uma adaptação tecnológica”, esclarece Marlos  Abbati.

Na visão dele, essa adaptação envolve desafios que englobam tanto ajustes na tecnologia da maquininha quanto possíveis modificações contratuais para acomodar essa nova modalidade de pagamento.

“Vejo que os adquirentes têm se tornado mais protagonistas nesse processo, encarando o Pix como uma oportunidade e realizando investimentos nessa adaptação de maneira bastante confiante”, diz. 

O desafio tecnológico envolve adaptar essa estrutura e a própria tecnologia da maquininha ao novo modelo de negócio que o Pix traz, mudando como as relações se dão.

Com taxas mais baixas e menor dependência das bandeiras tradicionais, o Pix transforma a lógica de rentabilidade das operações de pagamento. Instituições de pagamento podem explorar esse novo modelo simplificado para atrair mais clientes e criar ofertas competitivas.

E aquelas que investirem na adaptação das suas redes e modelos de negócios terão uma vantagem significativa ao integrar o Pix. Se você quer estar à frente, aproveite para conhecer o Hub Pagamentos, solução que ajuda empresas de arranjos de pagamentos a se enquadrarem às normas do Bacen!

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