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CBDC: o que é e como funciona a moeda digital de um Banco Central?
PorRTM
Imagem ilustrativa de uma holografia de moeda com Drex escrito no meio

O lançamento do Pix, um dos principais projetos do Banco Central do Brasil em 2020, foi apenas o início de uma revolução digital no setor financeiro brasileiro. 

Agora, o Banco Central está investindo na próxima etapa dessa evolução: a criação da CBDC brasileira, conhecida como Drex. Essa moeda digital promete transformar não apenas os meios de pagamento, mas também a forma como interagimos com o sistema financeiro.

Com o apoio de tecnologias como blockchain e contratos inteligentes, a CBDC pode representar um salto para um sistema mais ágil, seguro e acessível. 

Segundo dados do Estudo do Atlantic Council, 130 países (representando 98% do PIB global) estão atualmente estudando ou desenvolvendo suas próprias CBDCs — e o Brasil é um dos líderes nesse movimento.

Diante dessa novidade, é importante conhecer mais sobre o que é CBDC, além de quais são seus benefícios, o que a difere das criptomoedas e o que esperar do futuro em relação a isso. 

Vamos lá!

CBDC: o que é e como funciona?

A CBDC (“Central Bank Digital Currency”) é a versão digital da moeda oficial de um país, emitida e controlada por um  Banco Central. 

Diferente das criptomoedas, as Moedas Digitais de Bancos Centrais são centralizadas e seguem as regras e regulações definidas pela autoridade monetária. 

Ela é uma forma eletrônica de dinheiro que opera com base em tecnologias como blockchain e contratos inteligentes.

No Brasil, o Drex, nome oficial da CBDC brasileira, já está em fase de desenvolvimento. Essa nova moeda digital terá o objetivo de facilitar transações financeiras, trazer mais segurança e promover a inclusão financeira em todo o país.

CBDC é uma criptomoeda?

Não. Apesar de ambas utilizarem tecnologia blockchain, as CBDCs e as criptomoedas possuem diferenças fundamentais. 

As criptomoedas, como o Bitcoin e o Ethereum, são descentralizadas e não possuem um emissor central. Já as CBDCs são emitidas e controladas por Bancos Centrais, garantindo regulação e estabilidade.

Diferenças entre a CBDC, PIX e criptomoedas

Embora tanto o PIX quanto as CBDCs e as criptomoedas sejam soluções digitais, eles têm propósitos e operações distintas. 

Elas se distinguem da seguinte forma:

CBDC (Moeda Digital por um Banco Central)

Emitida diretamente pelo Banco Central, seu principal objetivo é modernizar o sistema financeiro, aumentando a segurança e a eficiência nas transações. 

As CBDCs são a versão digital da moeda oficial de um país para viabilizar funções como dinheiro programável e tokenização de ativos. Essa moeda digital é totalmente regulada pela autoridade monetária e visa atender a políticas econômicas e monetárias.

PIX

Sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil que permite transferências rápidas, seguras e de baixo custo entre contas bancárias. 

Diferentemente das CBDCs, o PIX não utiliza blockchain nem está associado a contratos inteligentes. Seu foco está na inclusão financeira e na substituição de transações realizadas com dinheiro físico ou transferências tradicionais.

Criptomoedas

Essas moedas digitais, como Bitcoin e Ethereum, são descentralizadas e funcionam em redes blockchain sem a intermediação de uma autoridade central, como um Banco Central.

Elas oferecem anonimato e independência de regulação governamental, mas também apresentam maior volatilidade e riscos associados a crimes cibernéticos. 

Além disso, criptomoedas operam em um ecossistema global onde o valor é determinado pela oferta e demanda.

As CBDCs, como o Drex, diferenciam-se ao combinar os benefícios de tecnologias inovadoras com a segurança e estabilidade de uma moeda oficial. 

Isso as coloca como uma solução intermediária entre o controle regulatório e as novas demandas digitais — e indo além do Pix, ao oferecer funcionalidades como integração com aplicações descentralizadas e a possibilidade de executar contratos inteligentes.

O que é o Drex?

O Drex é a moeda digital brasileira em desenvolvimento pelo Banco Central. Ele será o Real Digital, projetado para integrar-se ao sistema financeiro nacional com o objetivo de facilitar transações digitais seguras, programáveis e acessíveis para todos. 

Uma das principais inovações do Real Digital do Banco Central será a possibilidade de uso em contratos inteligentes, permitindo que transações sejam realizadas automaticamente mediante condições predefinidas.

Além disso, também faz parte de um compromisso com a inovação: melhora a eficiência dos pagamentos no Brasil e, ao mesmo tempo, fortalece a segurança no compartilhamento de dados.

Quanto vai valer 1 Drex?

O valor do Drex será equivalente ao real, garantindo paridade entre a moeda digital e a moeda física. Isso significa que R$ 1,00 será igual a 1 Drex. 

Essa equivalência pretende manter a estabilidade econômica e evitar oscilações que poderiam impactar o uso da moeda digital. 

Essa paridade também torna o Drex mais acessível para a população, que poderá utilizá-lo sem a necessidade de conversões ou adaptações monetárias complexas.

Quando o Drex será implantado?

Os testes do Drex estão acontecendo durante o ano de 2024.  No entanto, a previsão é que o lançamento oficial do Drex ocorra em 2025. 

Durante esse período, será realizado o levantamento de feedbacks e ajustes necessários para garantir que a moeda atenda às necessidades do mercado e dos cidadãos brasileiros.

O Drex será obrigatório?

Não, o uso do Drex não será obrigatório. Ele funcionará como uma opção adicional às formas de pagamento e transferência já existentes, como o Pix e as transações bancárias tradicionais. 

Essa flexibilidade permite que consumidores e empresas escolham a solução mais adequada às suas necessidades.

O Real Digital do Banco Central também será uma alternativa segura e eficiente para transações baseadas em blockchain, incentivando a adoção de novas tecnologias no mercado financeiro brasileiro.

Quer saber como o Drex transformará o sistema financeiro? Acesse nosso material completo!

O que podemos esperar para os próximos anos?

A expectativa é que só mais países façam a adesão das moedas digitais de bancos centrais. Entre as mudanças esperadas diante da CBDC e do Drex, destacam-se também:

  • Inclusão financeira: facilitação do acesso a serviços financeiros para populações desbancarizadas, promovendo maior igualdade econômica;
  • Integração com o mercado global: espera-se que haja conexão entre as diferentes CBDCs do mundo. Isso gera uma redução de custos e, ainda, uma maior agilidade em transações internacionais, conectando o Brasil ao ecossistema financeiro global;
  • Sustentabilidade: diminuição do uso de papel-moeda, o que contribui para um modelo mais ecológico e eficiente.


Outros pontos que devem crescer são a
segurança cibernética associada e a interoperabilidade entre soluções financeiras, como integrações mais sofisticadas. São dois pontos bem importantes para que o Brasil se mantenha competitivo no cenário financeiro global.

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