Confiança – ou a falta dela – é o que leva clientes para perto ou para longe de uma instituição financeira. Para ganhá-la e mantê-la, as ações para impedir fraudes financeiras vão em várias direções: da segurança de dados à resiliência de sistemas. Mas isso não quer dizer que é fácil.
Com a adesão a canais digitais para clientes e colaboradores, assim como a adoção de tecnologias como automação, os riscos de ataques cresceram juntos.
Somente no primeiro trimestre de 2023, o Brasil testemunhou um número de 2,8 mil tentativas de fraudes financeiras por minuto em canais eletrônicos.
É o que conclui a análise combinada de pesquisa realizada pela CAF, empresa especializada em prevenção de fraudes e segurança digital, com dados fornecidos pelo Banco Central.
E em um ritmo perigoso, os órgãos responsáveis, assim como as instituições, sabem que um novo arcabouço regulatório, com uma nova abordagem de segurança contra fraudes financeiras é necessária.
A partir desse contexto, como instituições financeiras podem se preparar para proteger sistemas e clientes? Descubra a seguir!
Você sabe quais são as tecnologias avançadas para segurança nas instituições financeiras?
Os principais desafios para combater fraudes financeiras
Os maiores desafios das instituições no combate a fraudes têm a ver com a transformação digital pela qual o setor tem passado.
Os problemas não são exclusivos do setor, mas o afetam especialmente, pelo fato de ser visado por fraudadores.
Os principais desafios das instituições financeiras são:
- Roubo de dados;
- Engenharia social;
- Processamento de pagamentos rápidos;
- Mais canais digitais.
As instituições se tornam mais sujeitas a roubos de dados, ou seja, crimes baseados em falsificação de identidade, e clientes mais propensos a golpes, já que os dados pessoais são usados para conquistar sua confiança em ações de engenharia social.
Essas ações nada mais são do que golpes que os clientes são coagidos a fazer voluntariamente, como pagamentos ou transferências a fraudadores são difíceis de detectar.
Ao mesmo tempo, a diminuição do tempo para processar pagamentos coloca o desafio da prevenção em tempo real, que requer sistemas bem protegidos e automatização.
A acessibilidade a dados requer mecanismos de segurança robustos – como verificação de identidade –, interconectados entre as várias instituições, o que pode se tornar uma dificuldade com o open banking e o compartilhamento.
Junto a isso, estar em vários canais torna a estratégia e política de prevenção de fraudes mais trabalhosa e, por isso, mais complexa também.
Como identificar e prevenir fraudes financeiras
Os riscos cibernéticos são uma preocupação constante, tanto para instituições financeiras quanto para seus clientes — afinal, eles são diretamente afetados por falhas de segurança.
Por isso, saber identificar e prevenir fraudes financeiras é um dos pontos centrais para garantir a segurança em empresas do setor.
Entenda, a seguir, as seis principais maneiras de minimizar esse problema.
Estabeleça uma política de prevenção
Uma política de prevenção de fraudes é a base de todo esse processo. Ela engloba processos e práticas que ajudam a reduzir o risco desse tipo de crime.
Mais especificamente, são instrumentos para predizer, detectar e responder a ameaças. Estamos falando de uma estratégia que integre TI a toda a instituição, ferramentas a pessoas e governança a cultura. E isso passa por pilares como:
- Ter um modelo de operação que englobe a instituição como um todo;
- Focar em pessoas ao orientar sobre como identificar cada caso e como agir;
- Ter capacidade de fazer uma análise de riscos e de documentá-los;
- Adotar controles compatíveis com as exposições a fraudes e riscos específicos;
- Identificar ameaças e responder com rapidez e inteligência.
- Minimizar o impacto de disrupções e aprimorar mecanismos de controle;
- Acompanhar o crescimento do negócio e dos sistemas;
- Adotar sistemas automatizados e inovadores para a identificação de fraudes.
Conheça seus usuários
O Know Your Customer (KYC) é uma prática fundamental para a prevenção de fraudes. O KYC envolve a coleta de informações detalhadas sobre os clientes e verificações rigorosas de sua identidade.
Para adotar essa solução, é preciso reunir dados pessoais, comprovantes de endereço, fontes de renda e outras informações relevantes sobre os clientes.
Nesse processo, é essencial contar com tecnologias de verificação de identidade, como biometria e verificação de documentos. É importante destacar que essa coleta de informações precisa ser feita de acordo com as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Além disso, as instituições precisam manter os registros dos clientes atualizados e monitorar atividades suspeitas. O KYC ajuda a garantir que os clientes sejam quem afirmam ser, reduzindo as chances de fraudes de identidade.
O guia completo de cibersegurança para instituições financeiras: acesse e entenda tudo sobre o tema!
Crie múltiplas camadas de segurança
Quanto mais camadas de segurança, melhor. Uma abordagem múltipla demanda a implementação de diversas medidas de segurança e, por isso também, em diferentes níveis. Por exemplo:
- Autenticação de dois fatores (2FA): exija que os clientes forneçam dois tipos diferentes de informações para acessar suas contas;
- Monitoramento em tempo real: use sistemas de detecção de ataques cibernéticos em tempo real para identificar atividades suspeitas;
- Firewalls e criptografia: proteja a rede e os dados com firewalls e criptografia avançada;
- Atualizações regulares: mantenha sistemas e software atualizados para corrigir vulnerabilidades.
Com isso, a invasão de contas acaba sendo mais difícil — e as fraudes financeiras também.
Adote a identificação por biometria
Apesar de já termos mencionado a biometria, é importante reforçar: essa é uma solução que utiliza características físicas únicas, como impressões digitais e reconhecimento facial, para autenticar os clientes.
As instituições financeiras devem usá-la como principal meio de detecção de seus clientes em suas contas.
Para implementá-la, sempre colete as informações biométricas dos clientes de maneira segura e implemente uma tecnologia robusta nesse sentido.
Os dispositivos biométricos são bastante seguros para autenticação e oferecem um alto nível de segurança, pois são difíceis de serem falsificados.
Disponibilize cartões virtuais
Os cartões virtuais são alternativas seguras aos cartões físicos e oferecem benefícios como, por exemplo, limites de uso.
Eles podem ser configurados com limites de uso e validade, reduzindo os riscos de fraude.
Além disso, em caso de suspeita de fraude, os cartões virtuais podem ser facilmente cancelados e substituídos.
Outro benefício também é o controle de transações: os clientes podem monitorar suas transações em tempo real, identificando atividades suspeitas.
Logo, é mais uma uma camada extra de segurança às transações financeiras.
Invista em tecnologias de monitoramento
O uso de tecnologias bancárias avançadas, como análise de dados, big data e machine learning, é fundamental para a prevenção de fraudes. Para oferecer esse tipo de inovação, considere:
- Coleta de dados: dados de transações, padrões de uso e comportamento do cliente;
- Análise avançada: use algoritmos de machine learning e inteligência artificial para identificar padrões de fraude;
- Monitoramento em tempo real: acompanhe as transações em tempo real e acione alertas em caso de atividades suspeitas para atuar de forma mais rápida.
Tecnologias de monitoramento permitem a detecção proativa de fraudes — o que reduz o impacto financeiro e protege os clientes.
Como a RTM ajuda sua instituição financeira a se tornar mais segura
As soluções de segurança da RTM são capazes de identificar ameaças em tempo real. Com isso, é possível minimizar riscos, aumentar a respostas a incidentes, facilitar a visibilidade da rede e acessar indicadores de segurança.
Por exemplo, a análise de vulnerabilidades abrange a verificação de servidores, estações de trabalho, dispositivos de rede, sites e outros ativos que, quando desprotegidos, podem se tornar alvos para criminosos cibernéticos.
Essa análise é crucial para identificar pontos fracos que poderiam ser explorados por hackers mal-intencionados.
Além disso, a gestão de vulnerabilidades oferece uma perspectiva estratégica, tática e operacional.
Isso inclui a elaboração de relatórios abrangentes tanto para tomadores de decisão quanto para profissionais técnicos.
Esses relatórios fornecem informações detalhadas sobre as vulnerabilidades, priorizando-as em uma matriz e até sugerindo ações de mitigação por meio de ferramentas de Inteligência Artificial.
As varreduras automáticas efetuam verificações minuciosas, identificando portas abertas, aplicações desatualizadas, configurações problemáticas e outras vulnerabilidades de segurança.
Ao final do processo, são entregues orientações claras sobre correções e atualizações necessárias, garantindo um ambiente mais seguro.
A RTM oferece um portfólio completo de serviços de segurança cibernética especificamente projetados para instituições financeiras e empresas de pagamento.
São soluções que ajudam a mitigar os riscos cibernéticos, protegendo ativos e garantindo a integridade das operações. Conheça mais nossos serviços de cloud e segurança!