O combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo (PLD/FTP) tornou-se ainda mais estratégico no sistema financeiro, impulsionado por novas normas e pela digitalização das operações.
O aumento das exigências regulatórias acelerou a necessidade de adaptação das instituições, que agora processam grandes volumes de dados e precisam validar informações em tempo real.
Os departamentos de compliance precisam atender a diferentes padrões de supervisão e responder a fiscalizações de autorreguladores e auditorias externas. Cada etapa do processo exige respostas técnicas rápidas e documentadas.
Neste artigo, entenda as principais exigências regulatórias, os gargalos enfrentados pelas instituições e como a tecnologia tem redefinido a gestão de conformidade no setor financeiro.
PLD/FTP na prática: o que a regulação exige das instituições financeiras
O sistema financeiro brasileiro é regido por um arcabouço regulatório extenso voltado à prevenção da lavagem de dinheiro e do financiamento ao terrorismo. Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados (Susep) e outros órgãos fiscalizadores impõem regras que exigem acompanhamento contínuo, registro detalhado e comunicação imediata de indícios de irregularidades.
Dentre as principais obrigações estão o monitoramento de transações, a verificação de antecedentes, a due diligence e a checagem de listas restritivas. Essas práticas asseguram o conhecimento da origem dos recursos, do perfil dos clientes e de possíveis vínculos com atividades ilícitas ou pessoas politicamente expostas.
As diretrizes também determinam o controle de operações atípicas, com classificação de risco baseada em parâmetros definidos pelos órgãos reguladores. Cada caso deve ser avaliado e, quando necessário, reportado ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
A regulação também exige trilhas de auditoria completas, capazes de demonstrar a consistência entre políticas internas, sistemas de monitoramento e relatórios enviados aos supervisores. Manter essa rastreabilidade tornou-se um requisito operacional e um fator decisivo para a reputação das instituições financeiras.
A ampliação das exigências regulatórias aumentou a complexidade operacional dos programas de PLD/FTP. As instituições financeiras enfrentam dificuldades que vão além da adequação técnica dos sistemas, refletindo falhas estruturais e limitações de recursos humanos. Dentre os principais gargalos estão:
- Volume de dados e transações: o crescimento das operações digitais elevou a carga de informações a serem analisadas, pressionando equipes de compliance e infraestrutura de TI;
- Processos manuais e fragmentados: boa parte das análises ainda depende de verificação humana, sem padronização ou integração entre áreas e sistemas internos;
- Falta de integração tecnológica: diferentes plataformas e bancos de dados dificultam a visão consolidada do cliente e das transações, o que compromete a precisão dos alertas;
- Atualização regulatória constante: as normas evoluem continuamente, exigindo ajustes frequentes em políticas internas, parametrizações e relatórios enviados aos órgãos supervisores.
- Carência de conhecimento especializado: muitas instituições possuem ferramentas, mas carecem de equipes capacitadas para interpretar e evidenciar o cumprimento das regras de forma técnica.
A presença desses gargalos enfraquece a eficiência dos controles e compromete a consistência das informações reportadas. Sem integração entre sistemas e conhecimento técnico estruturado, o compliance atua apenas no cumprimento imediato de auditorias, sem ações direcionadas e estratégicas.
Da conformidade à inteligência regulatória: como a tecnologia transforma a gestão de PLD/FTP
A automatização de processos regulatórios deixou de ser uma escolha e se tornou um requisito para eficiência operacional. A pressão por respostas rápidas e rastreáveis levou as instituições financeiras a adotar soluções capazes de cruzar informações, reduzir erros e gerar evidências de conformidade em tempo real.
Ferramentas de monitoramento com inteligência artificial e modelos preditivos passaram a identificar padrões atípicos de transação com maior precisão. O uso de workflows automatizados permite o tratamento imediato dos alertas, enquanto APIs garantem integração entre sistemas internos e bases regulatórias externas.
Outro avanço são os painéis interativos de análise de risco, que consolidam dados de diferentes origens e oferecem visão completa das operações. Essa centralização reduz a dependência de planilhas e relatórios manuais, favorecendo decisões baseadas em dados verificáveis.
Com esses recursos, o compliance deixa de ser uma função reativa e passa a atuar de forma estratégica. A tecnologia permite transformar a conformidade em inteligência regulatória, criando uma estrutura capaz de antecipar riscos e sustentar auditorias com evidências objetivas.
RTM + FIRA: tecnologia, especialização regulatória e agilidade para o setor financeiro
A adoção de tecnologia no compliance regulatório depende da combinação entre infraestrutura robusta e conhecimento técnico aplicado. O resultado efetivo acontece quando ambos os elementos operam de forma coordenada, integrando processos que são essenciais para a governança das instituições financeiras. É nesse contexto que se consolida a parceria entre RTM e FIRA.
A colaboração nasceu da necessidade de conectar a infraestrutura segura da RTM, que é amplamente utilizada no sistema financeiro, à especialização da FIRA em soluções de PLD/FTP. O objetivo é criar um fluxo consistente em que a tecnologia suporte a interpretação regulatória e simplifique a gestão de conformidade.
Entre os pontos centrais da integração estão:
- Ambiente de nuvem com baixa latência, permitindo análise em tempo real de dados sensíveis e maior precisão nos relatórios de conformidade;
- Suporte técnico especializado, com profissionais que compreendem o funcionamento das instituições financeiras e os padrões exigidos pelos órgãos reguladores;
- Conectividade direta com o ecossistema financeiro, facilitando a integração entre sistemas internos e plataformas externas de monitoramento;
- Centralização do acompanhamento e das trilhas de auditoria, garantindo rastreabilidade e consistência nas informações reportadas.
O modelo representa um movimento de consolidação do uso estratégico da tecnologia no PLD/FTP. A centralização das etapas de monitoramento e a automação das análises permite que as instituições atuem com maior previsibilidade e capacidade de resposta diante das exigências regulatórias.
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