O mercado de criptomoedas segue evoluindo rapidamente, e 2025 já está se desenhando como um ano promissor para as altcoins. 

Após o halving do Bitcoin em abril de 2024, vimos um aumento significativo no interesse por criptomoedas alternativas, impulsionado pela busca por oportunidades de maior valorização.

Segundo uma análise do Citibank, as altcoins cresceram significativamente no último ano, com destaque para o Ethereum (ETH), que valorizou 59%. 

O relatório também aponta que essa tendência deve se consolidar em 2025, com o Ethereum mantendo seu crescimento, enquanto o Bitcoin tende a desacelerar.

Diante desse cenário, as altcoins estão cada vez mais no radar dos investidores e podem se tornar protagonistas do mercado cripto. 

Mas o que exatamente são altcoins, quais as diferenças em relação ao Bitcoin e quais tendências podem impulsionar seu crescimento nos próximos anos? Continue lendo e descubra! 

O que são altcoins?

Altcoins são todas as criptomoedas que não são o Bitcoin. O nome vem justamente da junção de “alternative” (alternativa) e “coins” (moedas), pois surgiram como alternativas ao pioneiro Bitcoin. 

Essas criptomoedas podem ter diferentes propósitos e tecnologias, desde soluções para contratos inteligentes, como o Ethereum, até redes especializadas em transações rápidas e baratas, como o Solana.

Cada altcoin possui sua própria blockchain ou utiliza redes já existentes para criar aplicações e novos modelos de negócios. 

Algumas funcionam como reserva de valor, outras são projetadas para suportar aplicativos descentralizados  e algumas atuam como tokens de governança dentro de seus ecossistemas.

Quais são as diferenças entre altcoins e Bitcoin?

Embora todas sejam criptomoedas, há diferenças fundamentais entre o Bitcoin e as altcoins. 

O Bitcoin foi criado em 2009 por Satoshi Nakamoto com o objetivo de ser um ativo digital descentralizado e uma reserva de valor, semelhante ao ouro. 

Sua proposta sempre foi fornecer um meio de pagamento seguro, resistente à censura e sem necessidade de intermediários financeiros.

Já as altcoins apresentam variações no  no propósito e na escalabilidade. Algumas diferenças importantes são: 

• Finalidade: enquanto o Bitcoin é usado principalmente como reserva de valor e meio de pagamento, muitas altcoins são projetadas para executar contratos inteligentes, criar aplicativos descentralizados ou oferecer transações mais rápidas; 
• Tecnologia: altcoins frequentemente utilizam blockchains mais modernas, que permitem maior escalabilidade e eficiência energética. Um exemplo é o Ethereum, que adotou um modelo de validação baseado em proof-of-stake (PoS), o que reduz seu consumo energético.
• Oferta e inflação: o Bitcoin tem um limite fixo de 21 milhões de moedas, enquanto muitas altcoins possuem políticas monetárias flexíveis e permitem a inflação controlada ou emissão contínua de novos tokens;
• Adoção e regulamentação: o Bitcoin já é amplamente aceito como ativo digital e reserva de valor, até com marco legal, enquanto muitas altcoins ainda enfrentam desafios regulatórios e de adoção em larga escala.

Principais altcoins do mercado

Com milhares de altcoins disponíveis, algumas se destacam por sua tecnologia, adoção e crescimento contínuo. 

Em 2025, as cinco principais altcoins são:

Ethereum (ETH)

O Ethereum é a maior altcoin do mercado e o principal ecossistema para contratos inteligentes e aplicativos descentralizados. Seu crescimento em 2024 foi impulsionado pela transição bem-sucedida para Ethereum 2.0, que melhorou escalabilidade, velocidade de transações e eficiência energética.

Solana (SOL)

A Solana tem se consolidado como uma das blockchains mais rápidas e eficientes, o que atrai cada vez mais desenvolvedores de finanças descentralizadas (DeFi) e NFTs. Sua velocidade e baixo custo de transação a tornam uma das favoritas para aplicações financeiras.

XRP (XRP)

O XRP, da Ripple, continua sendo um dos ativos mais utilizados no setor bancário para facilitar pagamentos internacionais rápidos e com taxas reduzidas. Sua popularidade cresceu ainda mais após avanços em regulamentação e novas parcerias estratégicas.

Cardano (ADA)

A Cardano se destaca por seu foco em sustentabilidade e escalabilidade, além de sua abordagem acadêmica para o desenvolvimento de novas soluções. Seu protocolo de governança descentralizada tem atraído cada vez mais projetos para sua rede.

Dogecoin (DOGE)

O Dogecoin, criado como uma criptomoeda meme, se tornou um dos ativos digitais mais populares do mundo. Em 2025, sua adoção continua crescendo, estimulada por sua forte comunidade e pelo suporte de grandes empresas e personalidades influentes.

Por que as altcoins ganham popularidade?

O crescimento das altcoins não é só uma consequência do avanço tecnológico e sim, fruto de mudanças estruturais no mercado financeiro global. 

O aumento do interesse de investidores institucionais, a regulamentação mais favorável e a diversificação de casos de uso estão impulsionando esse segmento a um novo patamar.

Entre os fatores que explicam esse crescimento, destacam-se:

Desenvolvimento de novas tecnologias

Plataformas como Ethereum e Solana evoluíram significativamente, oferecendo redes mais escaláveis e eficientes para transações. 

Como falamos, o Ethereum, por exemplo, cresceu 59% em 2024, impulsionado por atualizações como o Ethereum 2.0, que reduziu taxas e aumentou a velocidade das operações. 

Além disso, as redes de altcoins vêm sendo amplamente adotadas para finanças descentralizadas (DeFi), tokens não fungíveis (NFTs) e aplicações de IA.

Maior flexibilidade e inovação

Diferente do Bitcoin, que funciona principalmente como reserva de valor, as altcoins introduzem novas funcionalidades, como contratos inteligentes, staking e governança descentralizada. 

Isso cria novos mercados e atrai um perfil diversificado de investidores, de grandes instituições a entusiastas do setor cripto.

Expansão dos ETFs de altcoins

Uma das grandes mudanças que podem transformar o mercado em 2025 é a criação de ETFs de altcoins, que estão sendo discutidos por gigantes do setor financeiro. 

O JPMorgan estima que esses produtos podem atrair mais de US$ 14 bilhões, caso aprovados pela SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA). Isso significa que altcoins como Ethereum, Solana e Cardano podem ser negociadas na bolsa de valores, tornando-se mais acessíveis a investidores tradicionais.

Alternativa ao Bitcoin

O Bitcoin continua sendo o principal ativo digital, mas seu custo elevado e os desafios de escalabilidade levaram muitos investidores a buscar opções mais acessíveis e rápidas. Altcoins como Polygon (MATIC), Avalanche (AVAX) e Solana (SOL) oferecem transações mais ágeis e baratas.

Quais são as tendências de crescimento para as altcoins?

Historicamente, a altseason ocorre após um grande ciclo de valorização do Bitcoin. Em 2017, o surgimento dos NFTs impulsionou uma forte alta das altcoins. 

Em 2021, foi a ascensão do DeFi. Agora, em 2025, o mercado se movimenta para um novo ciclo, impulsionado por ETFs, IA e novas aplicações em finanças.

Os principais fatores que podem impulsionar essas criptomoedas são:

• Regulamentação mais clara: governos e órgãos reguladores, como o SEC nos EUA, estão começando a criar diretrizes específicas para altcoins. O efeito disso são menos riscos e mais confiança dos investidores institucionais;
• Adoção em pagamentos: cada vez mais empresas e instituições estão aceitando altcoins como meio de pagamento.  No Japão grandes redes varejistas começaram a aceitar stablecoins e altcoins para compras do dia a dia, por exemplo. Isso reforça a narrativa de que essas criptomoedas têm um papel além da especulação;
• Integração com Inteligência Artificial (IA): projetos que combinam blockchain e IA estão ganhando força. Essa interseção cria um novo campo de inovação e, claro, atrai investidores que buscam ativos digitais com aplicações reais e escaláveis.

À medida que o mercado amadurece, as altcoins devem continuar desempenhando um papel fundamental no setor financeiro digital. 

Essas criptomoedas representam oportunidades significativas para investidores e empresas que buscam inovação.

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