A computação nativa na nuvem, ou “cloud native”, em inglês, é um recurso capaz de incorporar flexibilidade e rapidez a operações bancárias. Por essa razão, compõe estratégias de crescimento e inovação em instituições financeiras de todo o mundo.
A solução agrega os aparatos necessários para que o segmento acompanhe a transformação digital acelerada que se configura no mercado.
Para se ter uma ideia, a busca por essa tecnologia aumentou 67% em doze meses, segundo um levantamento realizado em 2021 pela Cloud Native Computing Foundation. Partindo para uma análise focada em atividades do ramo financeiro, os dados acompanham essa tendência.
De acordo com a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2022, despesas com métodos de cloud tiveram crescimento de 200% entre os bancos.
Portanto, vamos entender com a leitura deste artigo por que tanto modelos de negócio mais tradicionais quanto novas empresas devem considerar técnicas de cloud native em seus negócios!
O que é cloud native?
Para partirmos da definição desse conceito, podemos afirmar que cloud native são workloads que já nascem na nuvem, utilizando toda a sua estrutura.
Diferente de uma infraestrutura convencional alocada em um data center, uma arquitetura de TI nativa em nuvem é referenciada como um formato mais dinâmico de desenvolvimento, explorando:
- elasticidade;
- resiliência;
- adaptabilidade;
- escala;
- melhor gerenciamento.
Tecnologias desse tipo baseiam-se em:
- microsserviços;
- interfaces de programação de aplicativos declarativos (APIs);
- malhas de serviço;
- contêineres;
- servidores com funcionamento projetado por tempo indeterminado.
Agora, quais são os motivos que levam essa opção a estar no topo da lista de empresas de todo o mundo? É o que veremos melhor a seguir!
>> Saiba como funciona o cloud-first e quais são seus impactos em instituições financeiras.
Quais são os benefícios e desafios do cloud native?
Alguns atributos são responsáveis por tornar a computação nativa na nuvem uma excelente aliada do mercado financeiro. Entre as vantagens que ela oferece, estão:
- diversidade de plataformas e linguagens modernas de programação, o que amplia a compatibilidade dos aplicativos com outras ferramentas e a interoperabilidade;
- stateless (em português, “protocolo sem estado”), o que significa que as transações não resultam em níveis altos de armazenamento de dados, conectando-se a vários servidores e dispensando o transporte de dados entre as operações realizadas;
- modelo multilocatário, ou seja, compartilhamento de recursos entre diferentes aplicativos em um ambiente digital, tornando as operações mais eficientes;
- alta capacidade de atualização, diferente de aplicativos locais, que geralmente recebem novas versões no máximo duas vezes por ano e que precisam de metodologias específicas para tal.
Todos esses fatores são elementos alinhados à geração de valor para produtos financeiros, com critérios de experiência e qualidade de serviços para os usuários.
Os obstáculos do cloud native
Os desafios mais expressivos para a adesão de instituições financeiras a modelos de computação nativa de nuvem são:
- mudança de mentalidade de implantações tradicionais;
- introdução do cloud native como um princípio organizacional;
- medidas eficazes de segurança (por exemplo: dados protegidos, automações, gateways seguras de API, parâmetros de identificação e verificação).
Sendo assim, procurar parceiros com expertise no assunto e, preferencialmente, especializados nas particularidades do mercado financeiro é uma solução recomendada para negócios que visam um crescimento competitivo.
Esse tipo de decisão atende pré-requisitos determinantes, como:
- compliance junto às autarquias;
- mecanismos avançados de cibersegurança para instituições financeiras;
- conhecimento aprofundado sobre perfis de clientes.
Com isso, existe a oportunidade de diversificar e inovar em serviços com a devida segurança digital para gerenciá-los, correspondendo ao time to market exigido pelo mercado.
Por que o cloud native é importante para o setor financeiro?
Com provisionamento rápido e entrega de resultados para o mercado, a fidelização e captação de novos clientes se tornam mais consistentes. São argumentos que comprovam a relevância de recursos de computação nativa em nuvem.
Além disso, os números apontam o rumo que o mercado está seguindo. Citando novamente o relatório da Febraban, podemos destacar que:
- o total de contas correntes abertas no mobile ou internet banking em 2021 teve crescimento de 66% em relação ao ano anterior, somando 10,8 milhões;
- o índice de pessoas físicas que aceitaram compartilhar seus dados no Open Finance subiu 18% no mesmo período, e tende a continuar em elevação;
- sete em cada 10 transações bancárias são efetuadas via canais digitais.
Esse é o cenário que aponta a necessidade de transformação, posicionando ferramentas de cloud como um pilar essencial para novas soluções e modelos de relacionamento com os clientes.
Saiba, agora, como fazer parte desse movimento com garantias robustas de proteção contra crimes cibernéticos: