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Os pagamentos instantâneos do Bacen vão acabar com as maquininhas de cartão?
PorRTM

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Em fevereiro de 2020, o Bacen lançou o PIX, sistema eletrônico de pagamento instantâneo que permite realizar transações como transferências e pagamentos, 24h por dia, sete dias por semana, incluindo feriados. As instituições financeiras terão que se adequar à tecnologia até o dia 16 de novembro, quando o sistema atingirá pleno funcionamento.

A alternativa possibilita mais rapidez e praticidade nos processos e economia para os usuários, já que a opção é uma alternativa a TEDs e DOCs, transações que geralmente tem um custo envolvido que pode chegar a R$ 10,50.

Leia também: O que muda com o pagamento instantâneo do Banco Central?

Com os pagamentos instantâneos do Bacen, qual será o futuro das maquininhas de cartão?

Com o novo sistema de pagamentos instantâneos, muitas pessoas têm dúvidas sobre o futuro das maquininhas de cartões, mas essa nova alternativa não significa que as outras formas de pagamentos irão morrer.

Com mais tecnologia e facilidade nos processos financeiros, haverá maior diversidade para os pagamentos e transações financeiras. Um exemplo recente é o sistema de pagamentos a partir do WhatsApp no Brasil. O recurso é oferecido pelo Facebook Play e viabiliza pagamentos e transferência pelo celular para pessoas físicas e jurídicas. Inicialmente o serviço está disponível apenas para correntistas de algumas instituições financeiras, mas deve ganhar maior alcance nos próximos meses. A grande vantagem é que não são cobradas taxas ou tarifas no pagamento.

Mas ainda que muitos pagamentos sejam viabilizados pelo aplicativo, as maquininhas ainda devem continuar existindo. Alguns especialistas acreditam que todas essas transformações no mercado financeiro não significam o fim, mas uma real necessidade de atualização delas.

Entre as saídas necessárias para garantir a continuidade das máquinas está a modernização da forma de funcionamento, tornando o processo mais ágil e o recebimento menos burocrático e oneroso. Outro ponto apresentado por especialistas, é a necessidade de melhorar a experiência do usuário, visto que o fim das maquinetas ainda não é uma opção clara e definitiva.

Mas o que são pagamentos instantâneos?

Tão simples quanto o nome da operação. A dinâmica é: utilizando um smartphone, será possível realizar pagamentos de três formas. Elas podem acontecer através do uso de um QR-Code — já oferecido hoje por algumas fintechs — pagamento por aproximação ou, ainda, através de uma chave de identificação.

Na modalidade de pagamento através de uma chave, o usuário escolherá  um dado específico para identificação, seja um CPF, CNPJ, e-mail ou número do celular. De longe, menos informações do que hoje são necessárias na hora de realizar uma transação como TED ou DOC. E o dinheiro estará disponível em apenas 10 segundos, muito mais rápido do que o praticado atualmente.

Outro ponto positivo é que estará disponível 24 horas e sete dias por semana, sem o custo que hoje ocorre e que já comentamos por aqui , ou seja, essa novidade está chegando para revolucionar a forma de realizar pagamentos e também trazer mais agilidade e movimentação aos fluxos de caixa dos estabelecimentos. A movimentação em números

A movimentação em números

Quando observamos os valores que foram movimentados em maquininhas de cartão no Brasil, podemos entender melhor a sua importância. É que, de acordo com informações da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs), no período de 10 anos — entre 2008 e 2018 — os números cresceram de R$ 335,67 bilhões para R$ 1,5 trilhão.

A realidade brasileira mostra que a utilização de cartões de crédito e débito faz parte da cultura da população. Esses números representam, em média, 40% do consumo da verba familiar. E a estimativa da Associação aponta para um crescimento, chegando, em 2022 ao número de 60%.

O que muda, de fato, com o pagamento instantâneo do Bacen?

Muita coisa. A primeira delas é que o recebedor pode escolher qual a forma de pagamento ele vai receber. E as transferências não precisam de intermediador. Ou seja, elas saem direto do Bacen e caem diretamente na conta do recebedor, isso ajuda a diminuir os custos com operação.

Se a opção for por QR-Code, ele tanto pode ser feito pelo recebedor, como também por quem fará o pagamento. Ele é único, lido por qualquer aparelho e nele basicamente estão todas as informações que são necessárias para a transação. Algumas fintechs já utilizam esta tecnologia e, portanto, é conhecida por alguns usuários.

Menos dados, mais agilidade

A novidade maior é realmente a falta de um intermediador. A segunda opção de pagamento instantâneo é feita com o uso da tecnologia Near-Field Communication, também conhecida como NFC. Esta é a mais simples de todas e requer apenas a aproximação do smartphone.

Em todas as opções dos pagamentos instantâneos do Bacen que já comentamos no texto, chama a atenção que será possível fazer o pagamento sem a necessidade de utilizar vários dados sensíveis do recebedor.

Com isso, acaba-se de vez, com a necessidade de utilização de senha que a maquineta sempre necessita para finalizar um pagamento. Mas, engana-se quem pensa que não há segurança no processo. Ela existe, sim e está diretamente ligada à quantidade de dados sensíveis que deixarão de circular.

A mudança e a evolução, enfim, chegam para deixar pagantes e recebedores com mais tranquilidade e segurança durante suas operações. E, enquanto houver maquinetas, fica a expectativa de novas soluções, mais práticas, modernas e, por que não, seguras?

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