O Open Finance é uma evolução do Open Banking, passando agora a englobar o sistema financeiro como um todo: bancos, fintechs, seguradoras, cooperativas, etc. Ainda em fase de implementação, esse “sistema financeiro aberto” vai permitir o compartilhamento de dados com outras instituições do interesse em benefício dos clientes.
A intenção é estimular a competição entre as instituições, diversificando as ofertas de produtos e serviços financeiros para o cliente, que terá mais opções de escolha conforme suas necessidades. No entanto, o compartilhamento desses dados deve estar sujeito a normas rígidas de segurança.
A preocupação com fraudes e vazamento de dados é, inclusive, um dos desafios do Open Finance no Brasil. Além disso, a infraestrutura precária das instituições também é um entrave, sobretudo considerando-se a quantidade de informações que os clientes poderão compartilhar no Open Finance brasileiro – diferentemente do que acontece em outros países.
Nesse sentido, as instituições precisam estar muito bem preparadas para aderirem a esse fenômeno com segurança, transparência e confiabilidade. Assim, os clientes não ficarão receosos quanto à adesão. Vale lembrar que eles serão grandes beneficiados dessa prática, pois a competição entre as instituições vai favorecer a variedade e a eficiência dos serviços prestados.
As vantagens se estendem para as instituições no que diz respeito às novas possibilidades de prospecção de clientes a partir da oferta de produtos e serviços personalizados. O consumidor, por sua vez, terá maior liberdade e poder de gestão sobre o seu próprio histórico financeiro, podendo receber a oferta de produtos e serviços de instituições que ele sequer teve relação de consumo anteriormente.
Por outro lado, essa liberdade e autonomia reforça a importância de um processo de implementação rígido e cauteloso. A adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é peça-chave nesse processo. Todas as etapas de implementação do Open Finance estão sujeitas às normas da LGPD, cabendo às instituições seguir à risca os critérios e regras pré-definidas.
Uma combinação estratégica dessas normas com tecnologias inovadoras é o que possibilita as instituições manterem os níveis de governança e compliance apropriados para o Open Finance. Além do investimento em softwares especializados, é necessário fomentar a cultura do Open Finance dentro das instituições, evidenciando os benefícios envolvidos para todas as partes.
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