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Edge Computing: como essa tecnologia pode transformar as instituições financeiras
PorRTM

À medida que o volume de dados e a demanda por velocidade de processamento crescem, a eficiência da transmissão da informação decresce. E esse cenário só tende a se aprofundar, afinal não podemos mais subestimar o volume de dados que vamos gerar e quão difícil será separar o joio do trigo. Daí a necessidade de um processamento local e distribuído, feito no ou próximo do dispositivo, em outros termos, de uma edge computing.

Embora o conceito não seja novo, o termo “edge computing”, até  2016, sequer era buscado no Google. Foi a partir desse ano que as buscas começaram a surgir, crescendo ano a ano.

Hoje, o mercado está em expansão e em amadurecimento. Análise da Grand View Research estima que o mercado da edge computing irá de US$ 3,5 bilhões para US$ 43,4 bilhões até 2027. E, de acordo com uma estimativa do Gartner, em 2018 apenas 10% dos dados gerados nas empresas eram criados e processados fora dos data centers convencionais ou da cloud. Até 2025, essa porcentagem será de 75%.

No entanto, embora promissora, a edge computing ainda é um conceito confuso para muitos líderes. Por isso, neste post, além de definir a tecnologia em termos gerais, falaremos de seus benefícios e potenciais para as instituições financeiras.

Do centro para as bordas: o que é edge computing?

Edge computing é a computação — processamento e storage de dados — feita bem próxima ou onde os dados são gerados, sem ter de viajar para e de um ambiente cloud ou data center on-premise para o dispositivo.

Por isso, além de ser uma extensão dessas infraestruturas, descentralizando-as, a edge computing é leve, tem baixa latência de dados e é capaz de funcionar sem a necessidade de banda larga ou até completamente desconectada.

Não à toa, os servidores edge são comparados a micro-data centers, que performam bem em uma combinação com outros modelos de data centers, como a nuvem pública, a nuvem privada e os data centers on-premise, a depender do caso.

Por que esta tecnologia é tão poderosa?

Celulares, drones, carros, sensores, terminais bancários, em suma, qualquer dispositivo inteligente pode ser considerado um dispositivo edge, ou seja, de borda.

Como tal, ele opera sob condições bem diferentes daqueles que estão em ambientes controlados, como as empresas: eles precisam coletar, processar e transmitir dados em alta qualidade em tempo real e localmente, sob qualquer condição.

A edge computing viabiliza isso, com um ganho em termos de latência e economia dos custos associados com o envio de dados para o centro de processamento.

Aplicações em instituições financeiras

A edge computing pode tomar diferentes formas. Mas, sem dúvida, sua aplicação está intrinsecamente conectada à internet das coisas, e sua plena viabilização, ao 5G.

Em instituições financeiras, com a saída dos serviços dos espaços físicos para o banco digital e, automaticamente, com a vastidão de dados sendo processados, as aplicações parecem imediatas e podem se materializar na forma de:

  • Experiências digitais e presenciais altamente personalizadas: aliada ao reconhecimento facial, realidade virtual e aumentada, por exemplo, a edge computing pode viabilizar a oferta de conteúdos e produtos relevantes para o cliente.
  • Flexibilidade para implementação de soluções em inteligência artificial.
  • Segurança: solução para redução de roubo por meio de sistemas bancários automatizados.
  • Aumentar a disponibilidade, estabilidade e performance de da infraestrutura de TI

Quais os desafios para os líderes das instituições financeiras?

Como toda tecnologia que está conquistando expansão e maturidade, a edge computing também tem riscos. Vejamos alguns deles:

Ecossistema fragmentado

Há várias empresas no ecossistema de edge computing, desde fornecedores de hardware a provedores de cloud. No entanto, as iniciativas ainda não são estandardizadas, nem cobrem todos os aspectos da edge computing.

Segurança

Embora vista como mais segura pela proximidade do processamento ao dispositivo de origem, dada a sua extrema descentralização, a edge computing amplia as áreas passíveis a ataques. Outro ponto é que não há uma abordagem standard para planejar a segurança na edge.

Gestão 

As características únicas da edge computing tornam as soluções em gestão sempre únicas para cada situação. Por exemplo, não há um modelo sobre como decidir sobre o que fica no nível da edge e o que fica no nível da cloud.

Custos 

Embora uma de suas promessas seja também reduzir os custos com nuvem e data centers, segundo a Gartner, isso se dá até certo ponto: “o investimento na implementação e gestão de um ambiente de edge computing ainda pode facilmente exceder os benefícios financeiros do projeto”.

Escalabilidade

O crescimento de servidores edge computing pode se tornar um grande problema com a proliferação de dispositivos e a consequente exigência de escala da operação.

Edge computing em instituições financeiras: o começo de uma transformação

Como vimos, a edge computing, como um modo de assegurar que os dados estejam onde eles devam estar mais rapidamente do que antes, tem o potencial de alterar estruturas, sobretudo com respeito a experiência dos clientes, disponibilidade e performance.

Sendo uma tecnologia em expansão e amadurecimento, evidentemente ela ainda não representa o mesmo nível de segurança de que dispõem outros tipos de infraestrutura, como a cloud.

Portanto, para os CIOs do setor financeiro, cabe um olhar atento para compreender, em termos de negócio, reais oportunidades de evoluir e de inovar em seus serviços e processos através da edge computing.

E então, quais das suas iniciativas atuais poderiam se beneficiar da edge computing?

Continue acompanhando o nosso Blog e conheça outras tecnologias e inovações do mercado.

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