O tema governança em instituições financeiras requer cuidados especiais, quando comparado a outros setores. Primeiro, porque as boas práticas de governança no setor financeiro são relevantes para o equilíbrio econômico, além de serem alvo de uma ampla regulação.
Em seguida, pelo próprio conceito de governança e as características do programa, que nem sempre recebem a atenção necessária. Relacionada ao modo pelo qual a instituição é controlada e dirigida, interna e externamente, a governança envolve sistemas, controles e procedimentos de transparência, equidade e accountability que nem sempre são vistos por stakeholders. Entretanto, o objetivo da governança é salvaguardar os interesses desses mesmos stakeholders, mantendo-os em “pé de igualdade”.
Assim, quando todos os processos estão com um bom andamento dentro da organização, a governança está indo bem, ou seja, ela é o tipo de trabalho que “não se vê”. Porém, quando algum problema ocorre, sua eficácia é a primeira a ser questionada. Não por acaso, a pressão externa, sobretudo de investidores e credores, é crescente.
Por isso, neste post você vai conferir algumas boas práticas de governança para instituições financeiras e soluções da RTM que podem ajudar você a implementá-las.
5 boas práticas de governança para instituições financeiras
A governança de instituições financeiras é distinta da governança em geral em razão da particularidade do setor. Por exemplo, bancos têm um papel central na economia, o que gera uma cascata de regulações para garantir estabilidade financeira.
Antes de apontar as soluções da RTM, é fundamental que você relembre algumas das melhores práticas em governança que têm como base as resoluções publicadas pelo BC, são elas:
1. Explicitar a política de remuneração de administradores
Consequência da crise financeira de 2008, a transparência sobre o nível de remuneração do board, embora não tão urgente no país, virou regra. É preciso clareza sobre se ela é justa, não conduz à tomada de risco elevado e, no caso das áreas de controle, é independente do desempenho das áreas de negócio, tal como dita a Resolução nº 3.921/2010 do Bacen.
Isso deve ser feito por um comitê que:
- analise as práticas do mercado;
- forneça métricas claras e públicas de remuneração fixa e variável para a instituição, a fim de amparar suas decisões;
- supervisione sua implementação; e a revise de tempos em tempos.
2. Ter uma política de compliance
Prevista na Resolução 4.595/2017 do Bacen, a política de compliance é outro imperativo da governança.
Protagonizada por um comitê, ela envolve o acompanhamento da regulação e dos órgãos reguladores e estabelece procedimentos para garantir e avaliar o nível de aderência da instituição às recomendações do legislador, bem como ao seu código de ética.
Essa equipe também ficará responsável pela educação e formação de colaboradores para que mantenham a conformidade, além de elaborar medidas de correção para falhas em compliance.
3. Manter estruturas de gerenciamento de riscos e de capital
Toda instituição financeira deve manter estruturas de gerenciamento de riscos e de capital, mais ou menos complexas de acordo com as suas características e apetite por riscos.
Por meio delas, ela vai monitorar e reportar ocorrências, como riscos ligados a crédito, mercado, juros, operações, liquidez e ambiente, a fim de mitigá-los, tal como estabelece a Resolução 4.557/2017.
4. Fazer auditoria interna
A qualidade de políticas, sistemas e procedimentos de governança corporativa também devem ser auditados, além de passar por contínuas higienes corporativas.
5. Adotar uma comunicação eficiente
Por fim, a governança requer comunicação. Se a instituição está envolvida em negociações, auditorias ou investigações, é fundamental manter a transparência para limitar a especulação e a preocupação.
Estabelecer uma narrativa coerente para stakeholders sobre o potencial efeito dessas situações na performance, bem como estabelecer uma cadência de atualizações sobre o assunto, será fundamental para dissipar conversas e, principalmente, informar o regulador.
No entanto, é essencial destacar que uma comunicação transparente não pode entrar em conflito com a necessidade de confidencialidade, por exemplo. Essa linha que pode ser tênue em alguns momentos, precisa ser bem definida.
A tecnologia como aliada da governança
A tecnologia é aliada dos comitês de governança em instituições financeiras. Ela proporciona ferramentas que dão escala e, principalmente, aprendizado na rapidez necessária para que ameaças não se ampliem.
Para ter uma mostra disso, veja quais soluções da RTM podem ajudar as instituições financeiras a manter boas práticas de governança em infraestrutura:
1. Soluções de Segurança
A RTM possui um portfólio de serviços de segurança para manter suas operações protegidas. São soluções específicas para instituições financeiras e de pagamentos, que visam mitigar riscos cibernéticos e trazer relatórios detalhados que atendem requisitos de compliance e auditoria, além de contribuírem para o planejamento de ações de prevenção.
Confira mais informações sobre as soluções da RTM para mitigar riscos cibernéticos.
2. Site de contingência
Site contingenciado é obrigatório em instituições financeiras, como a Circular Nº 3.681.
Por isso, a RTM oferece site de contingência a fim de que as instituições contem com uma infraestrutura para garantir a continuidade dos seus negócios, seja em situações de emergência ou em manutenções programadas, além de manter a conformidade.
3. SD-WAN
Ainda em contingenciamento, com o SD-WAN, é possível unir desempenho e segurança contra falhas de conexão em rede em uma única solução. Quer saber mais sobre SD-WAN? Clique no banner e baixe o seu Ebook “Benefícios da SD-Wan para a conectividade”, o material é totalmente gratuito.
4. Hub Pagamentos
O Hub Pagamentos é o intermediário que liga instituições participantes do SBP à CIP, fazendo a recepção, transformação, envio, acompanhamento do processo e retorno dos arquivos com ordens de liquidação, bem como envio de agenda de recebíveis, garantindo a conformidade com a regulamentação do Bacen.
Baseado em nuvem, o Hub não exige infraestrutura da instituição, diminuindo os custos de implementação, manutenção e de escalabilidade de data center on-premise.
Governança: da teoria à prática
Governança corporativa é uma tarefa contínua para instituições financeiras, pois está relacionada à ação dos órgãos reguladores externos, mas também internos. Ignorar boas práticas nesse sentido, assim como a legislação, portanto, representa um perigo considerável.
A governança nas IFs, apesar do componente regulatório, vai além do cumprimento de obrigações, pois é capaz de gerar valor para a organização e stakeholders. Os benefícios de um programa forte atingem todos os níveis da companhia, com melhoria operacional, motivação da equipe e, inclusive, mais abertura à inovação.
Prepare sua instituição financeira, conheça as soluções em infraestrutura da RTM que podem ajudar você a manter suas operações em dia com segurança e performance.