A RTM está desenvolvendo uma plataforma que tornará mais ágil e eficiente a comunicação entre gestores, custodiantes, administradores e distribuidores de fundos de investimentos. A solução é a primeira do país a focar especificamente em integrar e agregar transparência na troca de informações das instituições, eliminando o gargalo operacional dessas transações por meio da padronização dos dados. Atualmente cada um dos players do ecossistema utiliza um modelo distinto de comunicação, o que torna mais moroso o envio e recebimento de dados e portabilidade dos investimentos, além de dificultar a movimentação dos fundos ao longo do dia.
“Nosso objetivo é centralizar os dados, facilitando as transações e a portabilidade. Com o avanço tecnológico, o crescimento dos bancos digitais e as plataformas de investimentos, as instituições estão diversificando seus produtos, permitindo que um investidor aplique em produtos de vários gestores de recursos ou transfira de uma instituição para outra, o que exige uma rápida comunicação para melhorar a experiência do cliente e a eficiência de seus processos”, destaca o CEO da RTM, André Mello.
De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (ANBIMA) a indústria brasileira de fundos de investimento segue em crescimento acelerado. Até julho deste ano, o patrimônio líquido somava R$ 6,68 trilhões, com aproximadamente 25 mil fundos, um aumento superior a 142% nos últimos 10 anos, e mais de 29 milhões de contas.
Com a perspectiva para esse segmento continuar se desenvolvendo, surge a necessidade para que a comunicação, até agora feita por meio de operações manuais ou pouco automatizadas, ganhe um novo elemento para mediação. Por ser uma uma empresa da ANBIMA e da bolsa de valores brasileira, B3 – Brasil, Bolsa e Balcão, a RTM realiza a intermediação isenta dessas mensagens. “Somos um agente neutro nesse câmbio de informações. Hoje isso ocorre bilateralmente, sem que ninguém medie e padronize esses dados, o que torna o processo crítico e moroso, já que as informações são agrupadas em lotes para serem encaminhadas. Com a nova plataforma, a comunicação ocorrerá em tempo real. Isso irá mudar o patamar da tecnologia utilizada na indústria de fundos no Brasil”, conclui Mello.
A integralização das cotas dos fundos de investimento passará por uma plataforma de API (sigla em inglês para Interface de Programação de Aplicações). A tecnologia é a mesma que está sendo usada para o Open Banking, permitindo a comunicação segura entre computadores. A expectativa da RTM é de que a primeira fase da modernização dessas comunicações seja concluída no início de 2022.