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2026 será o ano da IA “pé no chão”, diz CEO
PorRTM
CEO da RTM, Marcio Castro em foto ornada os grafismos formando correntes para representar o Blockchain, assunto da entrevista

A Inteligência Artificial, que dominou as discussões ao longo de 2025, seguirá como um dos grandes destaques do próximo ano, agora com uma abordagem mais pragmática e orientada a resultados, segundo Marcio Castro, CEO da RTM. O executivo afirma que o intenso uso prático da IA provocou um choque de realidade nas empresas, mostrando que a tecnologia não é uma “bala de prata” para ser aplicada em todos os projetos. 

“2026 será o ano em que as empresas irão aplicar a Inteligência Artificial naquilo que já foi provado que é efetivo para elas. O uso irrestrito da tecnologia mostrou que nem todos os casos trazem benefícios. Ela consome recursos de forma muito intensa e isso, além de ser caro, pode gerar riscos para a organização”, comenta Castro.  

Na opinião do CEO, o volume de dados proprietários que ficam disponíveis em treinamentos de IA, especialmente em ferramentas de LLMs (grandes modelos de linguagem), é um ponto de cautela, já que algumas informações da empresa podem ser estratégicas e não devem ficar acessíveis. “É necessário encontrar o ponto de equilíbrio para ter um ambiente funcionando de maneira adequada, para o bem. Por isso, acredito que será o ano da IA mais ‘pé no chão’”, completa. 

Uso da IA em ciberataques  

Outra preocupação é com o uso da tecnologia em ataques cibernéticos. “Sabemos que a tecnologia costuma atropelar e estamos vendo isso acontecer nitidamente com a IA. Ao mesmo que temos avanços em processos de autenticação e biometria, também observamos a tecnologia sendo utilizada em processos fraudulentos”.  

A solução é a supervisão adequada sobre o uso da ferramenta. “Sou da opinião que uma regulação bem dosada é importante para que a tecnologia seja usada com confiança, evitando o efeito rebote, que é quando as pessoas, por desconfiança, acabam querendo se distanciar daquilo”.  

A IA também pode ter um papel relevante nas ferramentas de cibersegurança, de acordo com o CEO. Em estratégias de Bridge and Attack Simulation (BAS), por exemplo, que simulam ataques do mundo real para testar as defesas da empresa, a IA pode transformar processos manuais e esporádicos em automatizados e contínuos.  

Pessoas, processos e tecnologia 

Castro também destaca para 2026 a importância da segurança cibernética baseada no que ele chama de PPT: pessoas, processos e tecnologia. “São três aspectos que serão essenciais para um resultado efetivo na cibersegurança do mercado financeiro. Quando digo pessoas, o foco é a conscientização, já que a maioria dos ataques são direcionados às fragilidades humanas, uma desatenção ou, até mesmo, uma vulnerabilidade emocional. Já os processos precisam ser rigorosos para acompanhar tudo o que é feito na organização e a tecnologia é o que suporta todos esses movimentos”.   

Brasil como referência para o mundo 

Para o executivo, o Banco Central vem impondo grandes evoluções no mercado financeiro brasileiro, que se tornaram inspirações para o mundo. “A agenda que envolve Pix, Open Finance e Drex, ainda que tenham velocidades distintas, continuará crescendo em 2026. O Drex motivou vários projetos de tokenização e as stablecoins já são uma tendência. Além disso, o Pix vem impulsionando, não só no Brasil, mas no mercado global, outras formas tradicionais de liquidação a funcionarem em modelos instantâneos e regime 24×7”.  

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